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O patriarca de Antioquia dos Maronitas e primaz da Igreja maronita no ³¢¨ª²ú²¹²Ô´Ç, cardeal B¨¦chara Boutros Ra? (Reuters) O patriarca de Antioquia dos Maronitas e primaz da Igreja maronita no ³¢¨ª²ú²¹²Ô´Ç, cardeal B¨¦chara Boutros Ra? (Reuters)

Patriarca Ra?: novo apelo por ¡°solu??o internacional¡± para crise libanesa

O patriarca de Antioquia dos Maronitas reprop?e as raz?es que o levaram a reiterar v¨¢rias vezes o apelo ¨¤ convoca??o de uma confer¨ºncia internacional patrocinada pela ONU, para dar uma ancoragem internacional ao exerc¨ªcio de uma aut¨ºntica "neutralidade libanesa" em rela??o aos conflitos e confrontos entre os eixos de for?a que durante d¨¦cadas dilaceram o Oriente M¨¦dio. "? verdade - observa o cardeal - que precisamos de um governo, mas devemos resolver quest?es e conflitos que impedem o ³¢¨ª²ú²¹²Ô´Ç de ser um pa¨ªs normal"

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Um "obrigado" à Arábia Saudita por permitir ao menos que os caminhões libaneses bloqueados na fronteira entrem em seu território e descarreguem suas mercadorias, antes de o embargo imposto por Riad às importações de produtos agrícolas libaneses entrar em vigor. E ao mesmo tempo, um novo apelo a confiar a uma conferência internacional patrocinada pela ONU a solução da crise sistêmica que há muito atormenta o País dos Cedros, com consequências cada vez mais graves sobre a condição de toda a população.

Estas são as duas passagens mais relevantes que o patriarca de Antioquia dos Maronita, cardeal Béchara Boutros Raï, quis dedicar aos acontecimentos atuais libaneses, durante a homilia proferida na celebração eucarística de domingo, 2 de maio, dedicada a Nossa Senhora do Líbano.

"Agradecemos aos líderes da Arábia Saudita por terem permitido a entrada de caminhões libaneses em seu território", disse o patriarca, entre outras coisas, manifestando a esperança de que os líderes da monarquia saudita logo voltem atrás, retirando a recente disposição que proíbe a entrada na Arábia de produtos agroalimentares do Líbano.

Motivo da medida adotada pelos líderes sauditas

A medida restritiva, conforme relatado pela Fides - agência missionária da Congregação para a Evangelização dos Povos -, foi tomada após a operação das forças de segurança sauditas que desbarataram no porto de Jidá uma tentativa impressionante de importar para o Reino 5,3 milhões de pílulas Captagon (droga sintética) em caixas provenientes do Líbano, que supostamente conteriam romãs.

O bloqueio às importações - advertiram as autoridades sauditas - permanecerá em vigor até que o Líbano forneça "garantias suficientes e confiáveis" para pôr fim ao que Riad chamou de "operações sistemáticas de contrabando contra o Reino".

Combate das autoridades libanesas ao narcotráfico

As disposições sauditas - comentou o patriarca em sua homilia - estão tendo repercussões negativas sobre a já combalida economia libanesa.

O primaz da Igreja maronita quis enfatizar que a polícia libanesa já iniciou operações para desmantelar as redes de tráfico do narcotráfico que produzem e vendem drogas no Oriente Médio e que encontram no Líbano um núcleo essencial, perpetuando seu tráfico sem levar em conta as fronteiras entre Estados e até mesmo as divisões territoriais relacionadas a situações de conflito.

Uma conferência internacional patrocinada pela ONU

Durante sua homilia, o cardeal Raï repropôs as razões que o levaram a reiterar várias vezes o apelo à convocação de uma conferência internacional patrocinada pela ONU, para dar uma ancoragem internacional ao exercício de uma autêntica "neutralidade libanesa" em relação aos conflitos e confrontos entre os eixos de força que durante décadas dilaceram o Oriente Médio.

A recente crônica política - reiterou o patriarca - confirma que o Líbano não será capaz de se recuperar da crise em que se afundou a menos que uma "Conferência Internacional seja convocada para declarar sua neutralidade".

Impasse político para formação de um novo governo

Fora deste caminho, acrescentou o patriarca de Antioquia dos Maronitas, "o Líbano passará de uma crise para outra, de uma guerra para outra e de um fracasso para outro, e daremos a impressão de ser um povo que não sabe governar a si mesmo".

A solução para os problemas do Líbano - observou o patriarca - não pode sequer ser identificada com a superação do impasse político que tem impedido desde outubro passado o primeiro-ministro encarregado, o sunita Saad Hariri, de formar um novo governo.

Emergências a serem enfrentadas sem mais tardar

"É verdade - observou o cardeal Raï - que precisamos de um governo, mas devemos resolver questões e conflitos que impedem o Líbano de ser um país normal".

Entre as emergências a serem enfrentadas sem hesitação para evitar a dissolução do Líbano, o patriarca também lembrou a necessidade de reconduzir a seu país os refugiados sírios atualmente deslocados nos territórios libaneses, e de tratar de uma vez por todas da emergência dos campos de refugiados palestinos presentes no Líbano durante décadas.

(Fides)

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04 maio 2021, 11:17