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Conflitos, como no Iêmen, contribuem para o aumento da fome e da pobreza Conflitos, como no Iêmen, contribuem para o aumento da fome e da pobreza

Carestia pode atingir 34 milhões de pessoas. Caritas e ONGs lançam apelo a governos

Caritas Internationalis e ONGS lançam um apelo aos governos para alocarem imediatamente 5,5 bilhões de dólares adicionais para assistência alimentar urgente às 34 milhões de pessoas que estão a um passo da fome. “Esta assistência deve começar imediatamente e deve chegar, agora e da forma mais direta possível, às pessoas mais necessitadas para que possam agir para se alimentar hoje e no futuroâ€.

Lisa Zengarini - Pope

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34 milhões de pessoas no mundo estão à beira da carestia, em um contexto em que aqueles que não tem acesso a alimentação adequada já chega a 270 milhões. O alarme foi lançado pela rede da Caritas Internationalis e outras organizações humanitárias que, em uma , dirigem um premente apelo aos governos para alocar imediatamente mais 5,5 bilhões de dólares para evitar mais perdas de vidas.

“Todos os dias vemos histórias de sofrimento e resiliênciaâ€, lê-se na carta. “No Iêmen, Afeganistão, Etiópia, Sudão do Sul, Burkina Faso, República Democrática do Congo, Honduras, Venezuela, Nigéria, Haiti, República Centro-Africana, Uganda, Zimbábue, Sudão e outros países, ajudamos as pessoas que fazem todo o possível para conseguir sobreviver mesmo que somente por mais um dia".

Mas a crise alimentar em curso não é uma fatalidade, denunciam as organizações humanitárias: trata-se, de fato, de pessoas “que seriam plenamente capazes de produzir ou ganhar o suficiente para se alimentar e alimentar a suas famíliasâ€. Esses homens e mulheres, meninas e meninos, estão morrendo de fome “por causa dos conflitos e da violência; das desigualdades; por causa do impacto das mudanças climáticas; da perda de terras, de postos de trabalho ou de perspectivas; devido ao impacto da Covid-19 que os deixou ainda mais para trás". Mulheres e meninas pagam o preço mais alto.

 

Diante deste drama, todos são chamados a fazer a sua parte: “Não podemos permitir que se perca toda a esperança. São as ações humanas que causam carestia e fome e são nossas ações que podem reduzir os piores impactosâ€, afirma a Caritas Internationalis e os demais signatários da carta.

Neste sentido, o apelo aos governos para alocarem imediatamente 5,5 bilhões de dólares adicionais para assistência alimentar urgente às 34 milhões de pessoas que estão a um passo da fome. “Esta assistência deve começar imediatamente e deve chegar, agora e da forma mais direta possível, às pessoas mais necessitadas para que possam agir para se alimentar hoje e no futuroâ€.

Todos os países deveriam contribuir igualmente para esse esforço, mas "sem tirar os recursos necessários para atender outras necessidades humanitárias urgentes", especificam os signatários que também renovam o apelo por um cessar-fogo global lançado em março de 2020 pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, com o apoio do Papa Francisco. Isso permitiria, entre outras coisas, prestar assistência humanitária “sem obstáculos ou impedimentos, de forma a poder apoiar com urgência os mais necessitadosâ€.

Por fim, a exortação aa investir na redução da pobreza e da fome, “para dar às pessoas os instrumentos de que precisam para construir um futuro mais resiliente, para se adaptarem de forma sustentável às mudanças climáticas e se protegerem dos choques da Covid-19. Isso - afirmam - evitará a carestia e a fome no futuro. A história vai julgar a todos nós com base nas ações que fizermos hojeâ€, conclui a carta.

A pandemia Covid-19 quase dobrou o número de pessoas com fome em pouco mais de um ano, confirmando o alarme antecipado em 2020 pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA). Em 2019, havia 130 milhões de pessoas nos países de baixa e média renda que se encontravam diante de insegurança alimentar aguda.

Pope Service - LZ

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25 abril 2021, 09:32