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“É alarmante ver o aumento dos casos de casos de sequestros e conversões forçadas. Acontece especialmente com mulheres de minorias religiosas." “É alarmante ver o aumento dos casos de casos de sequestros e conversões forçadas. Acontece especialmente com mulheres de minorias religiosas." 

Protesto da sociedade civil no ʲܾã contra rapto de menina católica de 13 anos

“Registramos com dor um ato grave e brutal contra uma menina inocente: casos como este, de rapto, conversão e casamento forçado, estão aumentando tragicamente no ʲܾã e envolvendo principalmente meninas cristãs e hindus, especialmente na província de Sindh. Acredito que seja necessário ativar todos os meios para salvar Arzoo e todas as outras meninas como ela, submetidas à violência", havia dito recentemente à Fides padre Robert Mc Culloch, missionário australiano há mais de 30 anos no ʲܾã, hoje Procurador Geral da Sociedade de São Columbano.

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Protestar e pedir a intervenção das autoridades no caso do rapto e da conversão forçada ao islã de Arzoo Raja, católica de 13 anos residente na Railway colony da cidade de Karachi: este é o objetivo da manifestação organizada por cidadãos de Karachi, cristãos, hinduístas e muçulmanos, reunidos no sábado, 24 de outubro, no Karachi Press Club.

Os presentes lamentaram mais um episódio de violência contra uma menina cristã: na manhã de 13 de outubro de 2020 Arzoo saiu de casa para ir a uma loja e nunca mais voltou. Ela foi raptada, convertida ao islamismo e esposada por seu raptor, Ali Azhar, um muçulmano de 44 anos.

O protesto foi organizado e liderado pelo "Comitê Nacional para a Paz e a Harmonia Inter-religiosa" em colaboração com outros grupos da sociedade civil. Os manifestantes gritavam slogans pelo retorno da menina à família e pela punição dos raptores.

“Exigimos justiça para Arzoo Raja e também pedimos que medidas efetivas sejam adotadas imediatamente pela sua proteção e das meninas não muçulmanas, afirmou Nasir Raza, presidente do Comitê na região de Sindh. Espera-se que Ali Azhar, o raptor da garota, um homem de 44 anos, seja preso e punido por raptar uma menina menor de idade, forçando-a à conversão religiosa e se casando com ela."

 

O episódio vai contra a Child Protection Act e il Child Marriage Act (Lei de Proteção à Criança e a Lei do Casamento Infantil), e é suficiente punir os raptores também pela elaboração de documentos falsos e certidão de casamento falsa”.

Anthony Naveed, membro da Assembleia Provincial de Sindh, representante do Partido Popular do Paquistão, à frente de um comitê formado pela Igreja Católica e pela Igreja do Paquistão, anunciando à Fides uma batalha jurídica, declarou: “A audiência do caso foi iniciada e o magistrado irá em breve emitir uma ordem. Apresentamos ao tribunal documentos atestando que Arzoo Raja é menor. O advogado do raptor apresentou os documentos que comprovam o livre arbítrio da conversão da menina e do casamento. Contestamos a falsidade destas declarações".

Asad Butt, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão em Karachi, afirmou por sua vez que “todo ser humano tem direito à liberdade, ninguém pode ser obrigado a mudar de religião e se casar com alguém. O caso deveria ser tratado com base na Lei do Casamento Infantil. Todas as pessoas envolvidas neste acontecimento deveriam ser punidas de acordo com a lei."

“É alarmante – disse à Fides Sabir Michael, ativista pelos direitos das minorias - ver o aumento dos casos de sequestros e conversões forçadas. Acontece especialmente com mulheres de minorias religiosas. Condenamos veementemente este episódio e instamos o governo do Paquistão e o governo de Sindh a fazer todos os esforços possíveis para proteger as meninas e fazer justiça às vítimas de tais casos. Tais casos afetam negativamente a imagem do nosso país e enfraquecem a posição do Paquistão nas Nações Unidas.”

Agência Fides - AG-PA

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26 outubro 2020, 11:42