Metropolita de Minsk lan?a apelo ¨¤ paz, ao di¨¢logo e ¨¤ conc¨®rdia na Belarus
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Segundo o Ministério do Interior da Belarus, as forças da ordem prenderam cerca de 700 pessoas nas últimas 24 horas, por terem participado de eventos não autorizados: ¡°Cerca de 700 pessoas foram presas por participar de manifestações em massa não autorizadas: a agitação no país não é maciça, mas o nível de agressão contra a aplicação da lei continua alta", diz a nota citada pela Agência Tass.
No total, já são mais de 6 mil as prisões decorrentes dos protestos que se seguiram à reeleição do presidente Alexander Lukashenko - com 80% dos votos - no poder há 26 anos. Entre os presos e feridos também cerca de 55 jornalistas, segundo o Sindicato da Imprensa da Belarus. A Polícia também confirmou a morte de um segundo manifestante, de 25 anos, que havia sido preso no domingo e condenado à dez dias de prisão.
¡°Mais de seis mil pessoas foram presas nos últimos três dias, incluindo menores, naquela que é uma clara violação do direito humanitário internacional¡±, declarou a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condenando a ¡°violenta resposta das autoridades bielorrussas às manifestações pacíficas¡± e pedindo que os manifestantes sejam ouvidos.
Svetlana Alexievich, escritora e jornalista bielorrussa que relatou os últimos anos da URSS e do pós-comunismo, Prêmio Nobel de Literatura em 2015, convidou o presidente Aleksander Lukashenko a renunciar. "Saia antes que seja tarde demais!", declarou ela em entrevista à emissora pública dos Estados Unidos, Radio Freedom. "Saia antes de jogar as pessoas em um abismo terrível: o abismo da guerra civil! Vá embora."
Lituânia, Letônia e Polônia propõe um plano em três pontos para colocar um fim na violência, anunciou o presidente lituano Gitanas Naus?da. O projeto prevê a criação de um conselho nacional com membros do governo e da sociedade civil, a libertação dos manifestantes presos e o fim da violência contra as pessoas que vão as ruas se manifestar pacificamente contra o triunfo eleitoral daquele que é considerado o ¡°último ditador da Europa¡±.
Ao mesmo tempo, a Lituânia abriu as fronteiras para acolher os bielorussos que fogem da repressão. Os detalhes da abertura serão explicados nesta quinta-feira, 13, mas a ministra do Interior Rita Tamasuniene, já antecipou que a Belarus será tirada da lista de países de proveniência que exigem um maior controle.
A Lituânia já acolheu Svetlana Tikhanovskaya, a candidata da oposição que fugiu do país após a eleição de Lukashenko.
Apelo do metropolita de Minsk
Ao falar com jornalistas na quarta-feira, 12, o exarca patriarcal de toda a Belarus, o metropolita de Minsk e Pavel Zaslavl, chama os bielorrussos à razão, paz, diálogo e concórdia, informa a BelTA.
¡°Recentemente celebramos um grande evento - o 75º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, a libertação da Bielorrússia dos invasores nazistas. Por 75 anos, nosso povo viveu em paz e harmonia. Não poderíamos esperar que hoje o infortúnio fosse cair sobre nossa casa, que amigos e familiares se voltassem uns contra os outros. Gostaria de lançar um apelo à razão, à paz, ao diálogo e à concórdia¡±, disse o metropolita.
O líder da Igreja Ortodoxa da Belarus fez um apelo aos que foram ao país para promover a hostilidade e o ódio: ¡°Voltem para suas casas. Não provoquem hostilidade e ódio por aqui. Nosso povo passou por tantas misérias, tristezas e guerras que seriam suficientes por muitas gerações e povos. Deixem ao povo bielorrusso a oportunidade de viver e escolher o seu próprio caminho¡±.
O exarca patriarcal de toda a Belarus pediu aos pais cujos filhos vão às ruas protestar, que conversem com eles e digam que é importante preservar a paz e a harmonia no país. Ao mesmo tempo, o metropolita pediu ao governo e ao parlamento que pensassem em como encontrar uma saída para a situação atual.
¡°Não quero julgar ninguém - nenhum dos lados. Eu entendo que existem outras forças, forças das trevas, seus servidores, que vivem da inimizade e do ódio entre as pessoas e talvez tirem alguns dividendos disso. Desejo ver a paz e a harmonia continuar em nossa terra abençoada. Não é por acaso que tanto o hino nacional como a Constituição do nosso país dizem que nós, bielorrussos, somos um povo pacífico", observou, pedindo: ¡°Vamos fazer tudo o que pudermos para encontrar a maneira de preservar a paz e a concórdia¡±.
* Com Agências
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