ÃÛÌÒ½»ÓÑ

Busca

Manifesta??es de protestos nos EUA contra a desigualdade racial ap¨®s o homic¨ªdio de George Floyd em Minneapolis Manifesta??es de protestos nos EUA contra a desigualdade racial ap¨®s o homic¨ªdio de George Floyd em Minneapolis

Pe. Occhetta sobre homic¨ªdio de George Floyd: direitos civis s?o o nervo exposto

O religioso da prestigiosa revista jesu¨ªta "La Civilt¨¤ Cattolica" evidencia que a lei nos EUA ¡°¨¦ antes de tudo um xerife que dirime conflitos e garante seguran?a num contexto em que todos potencialmente poderiam possuir uma arma de fogo¡±. E cita uma pesquisa do Washington Post: desde 2015 nos EUA, cerca de mil pessoas s?o mortas a cada ano pela pol¨ªcia. Padre Occhetta faz uma an¨¢lise sobre a situa??o dos direitos nos EUA, ¨¤ luz do homic¨ªdio de George Floyd

Pope

Ouça e compartilhe

¡°A crise racial atingiu o coração dos EUA que tem 40 milhões de desempregados e mais de 100 mil mortos por causa da Covid-19 que se prolifera amplamente nos bairros pobres. Este episódio toca a raiz da convivência: o racismo e a discriminação, o modelo de democracia e a relação entre presidente e governadores, depois a relação segurança e liberdade dos cidadãos.¡±

É o que escreve padre Francesco Occhetta, da prestigiosa revista dos jesuítas ¡°La Civiltà Cattolica¡±, na edição de julho de ¡°Vita Pastorale¡±, em que dedica uma análise sobre a situação dos direitos nos EUA, à luz do homicídio de George Floyd.

Pesquisa evidencia a violência policial nos EUA

Reconhecendo que ¡°os EUA não são a Europa, a polícia tem poderes diferentes e a lei e a ordem são invertidas¡±, o religioso evidencia que a lei nos EUA, no lugar do que seria a corte europeia, ¡°é antes de tudo um xerife que dirime conflitos e garante segurança num contexto em que todos potencialmente poderiam possuir uma arma de fogo¡±. E cita uma pesquisa do Washington Post: desde 2015 nos EUA, cerca de mil pessoas são mortas a cada ano pela polícia.

Os direitos civis são o nervo exposto

Nas palavras de padre Occhetta, a convicção de que ¡°o nervo exposto continua sendo o dos direitos civis¡±. ¡°As marchas de protesto pediram o corte de fundos destinado à polícia (somente em 2015 o custo foi de 115 bilhões de dólares), para investir nas associações que atuam no contraste ao mal-estar social, na prevenção da criminalidade juvenil, da pobreza, da doença mental, e assim por diante.¡±

¡°Toda vez que a violência explode ¨C acrescenta ¨C, a receita política não é responder com outra violência e jogar gasolina no fogo como fez o presidente Trump¡±. A reflexão continua no modo em que ¡°o tema da pós-democracia se coloca em relação às grandes questões da globalização e do neoliberalismo.¡±

Pessoa: não algo que tem preço, mas alguém com dignidade

¡°Os EUA de Trump indicam que o processo democrático se encontra sob tensão em pelo menos dois pontos: a credibilidade da política de uma superpotência, que ao invés de unir, está dividindo e buscando o inimigo a todo custo, e a política interna da ordem sem regras diante da qual se dissociaram até mesmo republicanos como Georg Bush e Colin Powell¡±, observa ainda.

Portanto, a necessidade de evidenciar ¡°aos reis e aos príncipes de turno¡± que ¡°a pessoa não é ¡®algo¡¯ que tem um preço, mas deve ser ¡®alguém¡¯ que tem dignidade¡±, ressalta por fim o religioso jesuíta.

(Sir)

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

24 junho 2020, 09:55