Bispos do Peru diante da pandemia: a urgência de hoje é salvar vidas
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
A vida que o Senhor nos deu “é um bem para o indivíduo e um bem para a comunidade que devemos cuidar, defender e proteger de toda ameaça ou perigo, do momento da concepção até a morte natural”, afirmam os bispos do Peru. A declaração dirigida à população do país foi divulgada na segunda-feira (4) pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal diante do aumento no número de vítimas da pandemia de Covid-19.
A emergência sanitária afetou todos, acrescentam os bispos, que encorajam a enfrentá-la respeitando as medidas dispostas pelas autoridades do Peru e pelos agentes de saúde porque “a urgência de hoje é aquela de salvar a nossa vida e a vida dos outros”. Para fazer isso, os bispos acreditam que é preciso assumir responsabilidades, buscando um novo modo de ser e de viver juntos e procurando “promover a aliança entre ciência, ética e política” com a base de um novo “pacto pela vida”.
Salvar a vida dos vulneráveis
Nesta crise, considerada pelos bispos como “biológica, econômica e antropológica”, todos somos chamados a nos preocupar com os outros: idosos, doentes, pobres, marginalizados, migrantes e por quem vive pela rua e fica mais exposto. A urgência é aquela de se ocupar de quem perdeu o trabalho, que “vive um dia após o outro”; de não se esquecer dos detentos na prisão que, por causa de superlotação, não podem entrar em quarentena: “são seres humanos e merecem ser tratados com dignidade”, enfatiza o Episcopado.
Ao convidar os peruanos a agradecer e a rezar por aqueles que estão na primeira linha “desta batalha contra o vírus”, os bispos reafirmam o empenho de servir e ajudar quem se encontra em dificuldade. Um apoio que acontece através da Caritas diocesana e paroquial, das congregações religiosas, dos voluntários e do serviço de suporte espiritual por telefone que está sendo feito a quem precisa.
O Episcopado reconhece, enfim, os esforços feitos pelo governo e pelas autoridades do país para conter a pandemia. Além disso, os bispos recordam os cidadãos que, neste momento de grande dificuldade, dor e sofrimento “não estamos sozinhos” porque “Cristo ressuscitado e a Igreja estão conosco”.
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