Dos hospitais para dentro de casa: a terapia do sorriso em tempos de Covid-19
Andrea De Angelis, Andressa Collet – Cidade do Vaticano
A partir desta semana, a Fundação Doutor Sorriso está promovendo a campanha “Não os deixemos sozinhos”, fazendo referência às crianças que os voluntários visitam nos hospitais da Itália, há 25 anos, e que, devido à pandemia do Covid-19, ficaram impossibilitadas de revê-los. “Os pequenos, internados no hospital, agora mais que nunca precisam de momentos de distração, não podemos deixá-los sozinhos”.
O sorriso chama
Um dos braços do projeto é a iniciativa “O sorriso chama” que, à distância e em parceria com os hospitais colaboradores, leva a Terapia do Sorriso às crianças que precisam. A diretora da instituição, Cristina Bianchi, explica que resolveram responder à uma exigência real de tantas famílias: de fato, “é um apoio válido para os tratamentos tradicionais que contribui a reconstruir as defesas da criança diante do trauma da internação no hospital. Rir tem efeitos muito positivos sobre a psique dos pequenos pacientes: está cientificamente provado que leva a uma redução na administração de analgésicos, no tempo de internação e de melhora clínica, e a um aumento das defesas imunitárias e de nível das endorfinas”.
Na prática, os pais podem agendar os horários na para receber uma chamada em vídeo dos voluntários. A diretora comenta que estão felizes que a proposta foi bem acolhida nos hospitais, já que nas primeiras semanas da emergência, precisaram suspender completamente as atividades. “Mas nunca deixamos de pensar nas crianças nos hospitais”, acrescenta Cristina: “agora podemos finalmente voltar a fazer alguma coisa de concreto para as crianças”.
Interação à distância em toda Itália
A Fundação Doutor Sorriso trabalha em 30 alas de 18 hospitais e de 4 institutos sanitários distribuídos em 12 províncias da Itália. Entre as estruturas está o São Rafael de Milão, o Bambino Gesù de Roma e o Policlínico de Bari.
“Procuramos buscar essa interação à distância, que é um pouco aquilo que estamos fazendo todos, no sentido de procurar manter as relações com os nossos parentes e amigos neste período de isolamento forçado. Trabalhar neste período de Covid também requer um pouco de recursos informáticos diferentes daqueles que estamos acostumados. O primeiro de todos, talvez a chamada em vídeo, é a mais simples. E justamente por isso instruímos e equipamos os nossos voluntários para poder fazer essa intervenção com as chamadas em vídeo.”
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