Coronav¨ªrus em Portugal: PR decreta estado de emerg¨ºncia
Domingos Pinto ¨C Lisboa
Entrou em vigor à meia noite desta quinta-feira, 19 de março, em Portugal, o estado de emergência nacional.
A decisão foi comunicada ao país na última noite pelo Presidente da República que invocou cinco razões para explicar a medida que considera ¡°excecional", numa altura também ela excecional, que ainda vai ¡°durar mais tempo¡± e que vai ser ¡°um teste nunca visto ao Serviço Nacional de Saúde, à sociedade e à economia¡±.
Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que a medida ¡°dividiu os portugueses¡±, pois haverá sempre quem ¡°reclame medidas para ontem¡± e quem considere ¡°prematura¡± a opção do Presidente.
O Chefe de Estado explica a sua decisão desde logo para ¡°antecipar e reforçar a solidariedade entre poderes públicos e deles com o povo¡±, aprendendo com as decisões, certas ou erradas, que outros países tomaram e ¡°poupando etapas, mesmo que pecando por excesso¡±.
Depois, a ¡°prevenção¡±, a segunda razão dada pelo Presidente que considera que a declaração do estado de emergência dá ¡°certezas¡±, ou seja, uma base de direito para que, mais tarde, quando a crise acabar, ¡°não venha ser questionado¡± o que se fez.
Marcelo Rebelo de Sousa garante igualmente que a ¡°contenção¡±, outro dos motivos que o levaram a decidir avançar para a declaração, ¡°não atingirá os direitos fundamentais¡± da população.
O Presidente destaca ainda a ¡°flexibilidade¡±, ou seja, a medida dura 15 dias e pode vir a ser renovada, o que é um ¡°sinal político forte¡±, que não ¡°rigidifica¡± o exercício do Governo, mas, antes, vem dar-lhe ¡°poderes¡± ¨C desde logo o de reavaliar as medidas a tomar, ¡°num combate que muda com o tempo¡±.
Na sua mensagem o Presidente explica que o estado de emergência ¡°não é a interrupção da democracia¡±, mas, sim, a democracia ¡°a tentar impedir uma interrupção na vida das pessoas¡±.
Ao mesmo tempo, também não é ¡°uma vacina¡± nem uma ¡°solução milagrosa que dispense o nosso o combate diário¡±, diz o Chefe de Estado que exige ao poder politico que ¡°ajude a economia a aguentar nestes meses mais agudos¡±.
Por fim, o Presidente da República pediu unidade nacional para vencer um ¡°inimigo invisível e perigoso¡±.
¡°Resistência, solidariedade e coragem são as palavras de ordem¡±, reafirmou o Chefe de Estado Português que deixou uma convicção: ¡°O caminho ainda é longo, é difícil e é ingrato. Mas não duvido que vamos vencer. Na nossa história vencemos sempre os desafios cruciais¡±.
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