Direitos humanos. O Papa: "O ser humano ¨¦ sempre sagrado e inviol¨¢vel"
Antonella Palermo, Silvonei José - Cidade do Vaticano
"O ser humano ¨C lê-se no tuite do Papa Francisco - é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em qualquer fase do seu desenvolvimento. Se esta convicção cair, não há uma base sólida e permanente para a defesa dos "#DireitosHumanos". Até agora o Pontífice fez numerosos apelos para tutelar, em todo o mundo, a dignidade, sobretudo, das pessoas mais indefesas: "São muito importantes os apelos do Papa Francisco em defesa dos direitos humanos", comenta Riccardo Noury, porta-voz da Anistia Internacional Itália: "Creio que ele abraçou a causa dos direitos humanos, é uma voz autorizada e poderosa, um aliado daquele mundo feito de associações pequenas e grandes, de homens e mulheres que se comprometem todos os dias".
O tema: "A juventude se mobiliza pelos direitos humanos"
Na sequência do 30º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, cujas celebrações culminaram no último dia 20 de novembro, o potencial dos jovens como agentes construtivos de mudança é colocado no centro das atenções e das iniciativas do Dia Internacional dos Direitos Humanos. Em uma mensagem em vídeo, o Secretário-Geral das Nações Unidas pede apoio aos jovens que estão se mobilizando pelo seu direito a um futuro de paz, justiça e igualdade de oportunidades. "Em qualquer lugar do mundo, os jovens ganham as ruas, organizam-se, tomam posições: pelo direito a um ambiente saudável, pela igualdade de direitos para mulheres e jovens, pela participação nos processos decisórios e pela livre expressão de suas opiniões. Cada pessoa - diz António Guterres -, deve poder usufruir dos seus direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, independentemente do local, raça, grupo étnico, religião, origem social, gênero, orientação sexual, opiniões políticas ou outras, deficiência ou renda, ou de qualquer outro status¡±.
Mais vulneráveis
"As crianças ainda se encontram em condições de grande vulnerabilidade, especialmente no contexto dos conflitos", sublinha Noury, recordando as que são "as três grande crises deste período": conflitos, refugiados, mudanças climáticas. "São crises que, como sempre, vêem aqueles que não são os culpados sofrer as piores consequências: entre eles, crianças, mulheres, minorias e defensores dos direitos humanos que tentam impedir esta deriva repressiva e estas políticas de negação dos direitos humanos. Estamos particularmente preocupados com o que está ocorrendo no Oriente Médio, onde vemos uma política do atirar para matar¡±.
A protecção dos direitos humanos está longe de ser uma realidade
"O que falta fazer é certamente mais do que o que já foi feito", diz Noury. "É verdade que a defesa dos direitos humanos é uma questão cada vez mais central, é verdade que o Direito internacional desde 1948, se desenvolveu, no entanto, se vemos na realidade o estado desses trinta artigos contidos na Declaração Universal, podemos ver que a maioria dos habitantes deste planeta não tem esses direitos. Estou pensando, em particular, nos direitos econômicos e sociais".
O caminho é longo, mas "há uma grande mobilização a partir de baixo, da sociedade civil, que afeta muitos países, em primeiro lugar aqueles em que há protestos de multidões - diz o porta-voz da Anistia, pensando no Irã, Iraque, Líbano, Chile, Hong Kong ...". E conclui: "Também na Europa sentimos este despertar por parte daqueles que sentem a urgência de ir contra este clima de divisão e de ódio cada vez mais penetrante no nosso país".
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp