Hong Kong: protesto contra a reforma de extradi??o
Cidade do Vaticano
Segundo as autoridades de Hong Kong, a medida baseou-se no caso de um homem que fugiu após ter assassinado a sua namorada durante as férias em Taiwan. Não existe qualquer tratado de extradição com Taipé e a polícia de Hong Kong, embora tenham identificado o suspeito, não pode entregá-lo aos seus colegas de Taiwan. Segundo a oposição, a reforma preparada pelo governo corre o risco de colocar procurados políticos nas mãos da polícia de Pequim.
A ex-colônia britânica foi devolvida à mãe-pátria chinesa em 1997, com a garantia de semi-autonomia até 2047 e com várias liberdades políticas reconhecidas, incluindo um sistema jurídico distinto do de Pequim. O receio da oposição é que a lei permita à China obter a entrega de opositores de Hong Kong ou dos cidadãos da República Popular da China que fugiram para a ex-colônia britânica depois de terem simplesmente expressado opiniões contra o governo de Pequim. A preocupação foi também expressa por empresas internacionais, grupos industriais e financeiros que operam localmente, porque, em tempos de "guerra" comercial entre a China e os Estados Unidos, diretores e banqueiros poderiam se encontrar como peças de disputas judiciais.
A Lei de extradição é apoiada por Carrie Lam, diretora executiva de Hong Kong (governadora). Suas posições tiveram o efeito dar novo impulso à frente da oposição democrática que havia se dispersado após o chamado Movimento dos Guarda-chuvas de 2014. Desde abril, a mobilização foi retomada: deu um primeiro sinal de força no dia 4 de junho com uma grande manifestação de 180.000 pessoas no Parque Victoria para comemorar os jovens que morreram em 1989 na Praça Tiananmen. E neste domingo (09/06) registrou-se a mais impressionante manifestação na história de Hong Kong. Uma marcha que durou horas, chegou sob o prédio do governo e extremamente tranquila até o último momento, quando houve confrontos com o exército e - segundo a oposição - várias prisões.
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