Unicef lan?a apelo pelos filhos de milicianos estrangeiros na S¨ªria e Iraque
Cidade do Vaticano
¡°São crianças que devem ser tratadas como vítimas¡±: trata-se de cerca de 29.000 filhos de milicianos estrangeiros, ¡°muitos com menos de 12 anos¡±, que lotam ¡°os campos de refugiados, centros de detenção e orfanatos¡±, principalmente na Síria e no Iraque. Andrea Iacomini, porta-voz do Unicef Itália, fala ao Pope sobre outra dramática consequência da guerra ligada ao Estado Islâmico. ¡°Crianças com uma das situações mais vulneráveis do mundo¡± que ¡°vivem em condições terríveis, com constantes ameaças à saúde, à segurança, ao seu bem estar, e praticamente sem apoio familiar¡±.
Devem enfrentar muitos problemas legais, logísticos e políticos para receber serviços de base ou para voltar às suas cidades de origem¡±. Trata-se de crianças ¡°nascidas em zonas de conflito, e elas não têm culpa¡±: ¡°muitas vezes são manipuladas para apoiar grupos armados, e com frequência fazem isso para poder sobreviver¡±. ¡°Todas são vítimas das trágicas circunstâncias ¨C acrescenta o porta-voz da Unicef ¨C e todas devem ser tratadas como crianças: não há nenhuma distinção entre elas e os nossos filhos¡±.
O apelo do Unicef
O Unicef reconhece o direito soberano de cada país de proteger os interesses de segurança nacional, mas pede aos Estados membros que respeitem igualmente os próprios compromissos de acordo com a Convenção sobre os Direitos da Infância e da Adolescência. De modo particular, o Fundo das Nações Unidas pede aos Estados que forneçam documentos para as crianças que são seus cidadãos ou que nasceram com sua cidadania; para impedir que estas crianças se tornem apátridas. Também pede que os Estados sustentem o retorno seguro, digno e voluntário aos seus lares e a sua reinserção nos países de origem. Enquanto que para os menores detidos, pede-se a garantia de que a detenção seja uma medida de última instância e pelo menor tempo possível; e para os menores que superaram a idade da responsabilidade penal e são acusados de atos criminosos, que seja garantida a aplicação das normas reconhecidas internacionalmente.
e qualquer decisão que lhes compete, incluindo a repatriação, deve ser tomada considerando seus interesses maiores, de acordo com os padrões jurídicos internacionais¡±.
A educação e o processo de reintegração
O porta-voz do Unicef fala também sobre a educação das crianças como ¡°elemento estratégico¡± para uma efetiva reintegração: ¡°porque restitui sua consciência¡±; ¡°voltam a fazer parte de um contexto que tinham perdido¡±; permite-lhes ¡°interagir¡±, desenvolvendo ¡°uma consciência e uma nova orientação¡± diversa daquela que vivenciaram¡±. ¡°Trata-se de crianças profundamente violadas ¨C conclui ¨C portanto a instrução torna-se fundamental¡±.
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