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Funeral de civis em Sanaa, Iêmen Funeral de civis em Sanaa, Iêmen 

Iêmen. Continua a guerra e o massacre de civis

Apesar dos acordos de Estocolmo de dezembro, no martirizado Iêmen continua o massacre de civis, em média há uma vítima a cada 8 horas. As condições de vida são dramáticas em todo o país e registra-se no país o maior foco de cólera da história

Cidade do Vaticano

No próximo dia 26 completam 4 anos do início da guerra civil no Iêmen que até agora causou a morte de 7 mil civis e obrigou 3 milhões de iemenitas a abandonarem suas próprias casas. Dentro do país milhões de pessoas estão sem moradia e vivem em condições higiênico-sanitárias dramáticas.

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Cerca de 90% da população (24 milhões de cidadãos em um total de 30,5 milhões) dependem totalmente de ajudas humanitárias provenientes do exterior, grande parte de ONGs e Nações Unidas. O problema, segundo a Oxfam (Confederação internacional de ONGs), são os ataques aéreos, os bombardeios e as explosões de minas terrestres que destruíram quase todas as infraestruturas civis, impossibilitando o funcionamento normal dos corredores humanitários para o transportes de bens de primeira necessidade e medicamentos.

Tudo é agravado pela grande carestia determinada pelo enfraquecimento da economia do país e o fechamento dos principais portos inclusive o porto de acesso das ajudas humanitárias, o de Hodeidah.

Emergência cólera

O responsável pelas Políticas de Emergência humanitária da Oxfam, Paolo Pezzati disse ao Pope que no Iêmen encontra-se o maior foco de cólera da história. Pezzati disse ainda que o país está para entrar em uma fase sem retorno porque “gerações inteiras poderiam não ver o próprio futuro por causa do bloqueio total de todos os tipos de atividades civis”. Também foram duras as críticas aos países ocidentais que fornecem armas à coalizão saudita, “entre os quais a Itália consta como um dos principais vendedores”.

 

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21 março 2019, 09:04