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Giancarlo la Vella - Cidade do Vaticano
Nos últimos oito anos a guerra síria, que começou como um mero conflito civil, envolveu gradualmente governos, exércitos e milícias de todo o mundo, causando a pior catástrofe humanitária desde a Segunda Guerra Mundial. Para além do número indizível de vítimas, segundo a ONU são mais de 12 milhões de sírios os que necessitam de ajuda humanitária, dentro e fora do país. E o drama para a população civil parece destinado a durar muito tempo.
Oportunidade perdida para a Europa
Uma guerra que dura há oito anos é um forte chamado de atenção para o fato que todos os canais diplomáticos até agora faliram, tentado resolver o que se tornou uma crise política entre as grandes potências, que olham para a Síria com interesse. Segundo Massimo Campanini, professor de Estudos Islâmicos na Universidade de Trento, Itália, a Síria representa uma oportunidade perdida para o Ocidente e, em particular, para a Europa, que mais uma vez não conseguiu falar a uma só voz, perante uma crise que atinge um país que se debruça sobre o Mediterrâneo.
O massacre sírio
Mais de 370.000 pessoas morreram desde o início do conflito na Síria. O balanço foi divulgado pelo Observatório sírio para os direitos humanos, que faz parte da oposição ao governo do presidente al Assad. A ONG, com sede na Grã-Bretanha, e que conta com uma rede de ativistas na Síria, afirma que entre as milhares de vítimas há mais de 112 mil civis, incluindo mais de 21 mil crianças e 13 mil mulheres. Segundo o Prof. Campanini, é improvável que a Síria saia desta tragédia com as mesmas características de hoje. Certamente, no final deste doloroso conflito, a nova Síria deixará de ser um Estado unitário, mais facilmente será uma federação de diferentes realidades políticas e étnicas.
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