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Refugiados s¨ªrios no pr¨®prio barraco por causa da tempestade "Norma" Refugiados s¨ªrios no pr¨®prio barraco por causa da tempestade "Norma" 

³¢¨ª²ú²¹²Ô´Ç: 11 mil refugiados s¨ªrios atingidos pela tempestade

¡°Norma¡± ¨¦ apenas mais uma das tempestades que atingiram o ³¢¨ª²ú²¹²Ô´Ç dias atr¨¢s. Foram destru¨ªdos dezenas de assentamentos de refugiados s¨ªrios. C¨¢ritas, Cruz Vermelha e outras organiza??es trabalham para levar ajuda. Unicef chama a aten??o para os mais fr¨¢geis: as crian?as

Cidade do Vaticano

Fortes tempestades de neve e chuva abateram-se sobre o Líbano, em particular de 6 a 9 de janeiro, obrigando o fechamento das escolas em todo o território nacional. Os refugiados sírios que vivem no norte e nordeste do país, desde o início da guerra em 2011, foram os que sofreram os prejuízos mais graves. Agora, vivem em dramáticas condições, felizmente sem nenhuma vítima. A mobilização das organizações internacionais presentes no território foram imediatas, entre as quais a Cruz Vermelha e a Cáritas local, que deslocaram centenas de pessoas salvando-lhes a vida. Enquanto que o Unicef está trabalhando para dar socorro e assistência aos menores, entregando às famílias atingidas roupas, produtos de higiene e proteção de plástico para os barracos nos quais vivem.

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Unicef: refugiados em perigo nos assentamentos improvisados

Em um comunicado a Agência da ONU para a Infância escreve que ¡°foram fortemente atingidos 151 assentamentos de refugiados sírios, que hospedavam 11 mil pessoas¡± e que ¡°entre os refugiados, desapareceu uma criança¡±. Além disso, por causa das condições meteorológicas extremas que ainda persistem, ¡°outros 850 assentamentos, que hospedam no total 70 mil refugiados, estão em perigo¡±.

O porta-voz do Unicef , Andrea Iacomini explica que ¡°o Líbano tem uma sua especificidade em relação à organização do êxodo sírio, diferente do que acontece na Jordânia, no Iraque ou na Turquia¡±. "No Líbano não há campos de refugiados oficiais, mas existem assentamentos mais ou menos a caso. Por isso é muito difícil conseguir chegar em todos os lugares. Esses assentamentos são casebres improvisados, construídos com sobras de madeira, papelões, cartazes abandonados e muitas vezes aquecidos com fogo a lenha, que dão origem a frequentes incêndios, que já causaram muitas mortes de crianças. Estamos tentando dar ajuda às crianças das regiões mais afastadas e de difícil acesso, principalmente nos vales na fronteira com Israel¡±.

Iacomini fala também da grande generosidade do mundo do voluntariado, das organizações humanitárias civis e eclesiais que apoiam os sírios, mas confirma que esta maciça presença por um tempo tão prolongado está colocando o Líbano em crise.

O sonho comum é o de voltar à Síria

Os bispos locais pedem com insistência um acordo de paz na Síria para permitir o retorno das pessoas às suas casas.

Desde 2011 já chegaram aqui 1 milhão e meio de sírios, um peso enorme para o Líbano que conta com 6 milhões de habitantes e hospeda 500 mil refugiados palestinos da guerra de 1948.

¡°O aspecto mais importante a ser destacado é que depois de trágicos 8 anos nos quais morreram centenas de milhares de crianças, equivalente ao número atual de crianças refugiadas, é que para quase todos, o sonho é voltar para casa¡±. Há esta esperança, há regiões que já foram pacificadas onde a vida foi retomada, mas isso deve acontecer em toda a Síria¡±. Porém, para o Alto Comissariado para os Refugiados da ONU, ainda não há condições de segurança para um retorno em massa. Enquanto que para o governo libanês, a maior parte das cidades sírias já são seguras.

Compromisso de todos para o retorno dos refugiados

Até junho de 2018 cerca de 600 sírios depois de anos de afastamento voltaram à Síria. Muito pouco para os libaneses. ¡°O povo libanês ¨C diz o porta-voz da Unicef ¨C é um povo extraordinário que deveria ser um modelo para muitos outros países no mundo. É um país pequeno, com área limitada e que absorve uma quantidade enorme de migrantes, muito difícil de administrar, tanto do ponto de vista humano como pela dificuldade de um país com estruturas particulares, e que teve uma guerra há poucas décadas atrás, e muitos problemas internos.

Por isso fazemos um apelo às potências mundiais que criaram esta situação desastrosa e que agora não conseguem encontrar um acordo no Conselho de Segurança. Acredito que seja necessário o compromisso de todos para que essas pessoas possam voltar para casa em paz. E isso, infelizmente não depende dos sírios, mas dos que os fizeram fugir de casa¡±.  

 

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11 janeiro 2019, 14:12