Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo: liberdade religiosa, direito humano fundamental
Devin Watkins - Cidade do Vaticano
O Departamento de Estado dos EUA sediará a primeira cúpula internacional dedicada à liberdade religiosa. O evento terá início nesta terça-feira, dia 24 e se concluirá na quinta-feira, dia 26 de julho em Washington; reunirá mais de 80 delegações, incluindo mais de 40 ministros das Relações Exteriores. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, explica a Devin Watkins, da seção em inglês do Pope, quais objetivos se espera conseguir com este encontro.
R. - É um evento excepcional. O Departamento de Estado do Presidente Trump fez da liberdade religiosa uma verdadeira prioridade desta administração. É por esta razão que, neste encontro, se reunirão cerca de 80 delegações: mais de 40 serão os meus homólogos, ministros das Relações Exteriores de todo o mundo. Este é o maior número de pessoas reunidas aqui no Departamento de Estado. A nossa missão é muito precisa e importante: difundir o conceito de liberdade religiosa para todo ser humano no mundo. Queremos fazer pressão para que isso seja possível. Muitos países compartilham o pensamento dos Estados Unidos, outros não, e por isso queremos levar cada um deles na direção certa, ou seja, na direção da promoção da liberdade religiosa. As pessoas deveriam ter o direito de professar o culto que desejam e, da mesma forma, aqueles que escolherem não professar nenhuma religião deveriam ser autorizados a não fazê-lo.
Segundo o senhor, o Papa Francisco e a Igreja Católica, que papel têm quando se fala da promoção da liberdade religiosa?
R. - Pensamos que o Papa Francisco e a Igreja Católica têm um papel central. Penso que seja muito importante que não somente governos - como por exemplo o Departamento de Estado dos Estados Unidos - mas também os líderes religiosos entendam a necessidade de fazer pressão em prol da liberdade religiosa. Estes últimos deveriam também desempenhar um papel importante para garantir que haja liberdade religiosa para aqueles que compartilham outros credos que não sejam os seus. Portanto, pensamos que a Igreja Católica tenha um papel importante na missão que estamos realizando através do encontro de todas essas personalidades aqui em Washington nos próximos dias.
Na sua opinião, qual é a relação entre liberdade religiosa, direitos humanos e interesses econômicos?
R. - Boa pergunta. Eu acho que estão profundamente conectados. A administração Trump e eu concordamos que a liberdade religiosa pode trazer enormes benefícios para os países. Quando as pessoas podem agir e se comportar livremente respeitando suas religiões, elas têm a capacidade de fazer grandes coisas. Assim, vemos uma conexão profunda entre a liberdade religiosa, como direito humano fundamental, e os benefícios econômicos que escorrem entre os países que desfrutam desse direito. Os investidores preferem países que tenham ampla liberdade religiosa. Os atores comerciais veem os lugares que desfrutam desse direito como lugares mais abertos e menos arriscados. Pensamos que a liberdade religiosa, os direitos humanos e o sucesso econômico estejam profundamente conectados - extremamente ligados - e acreditamos que reforçar esses três elementos pode trazer benefícios para a política exterior estadunidense.
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