Um mundo menos violento para os idosos, ¨¦ um mundo mais humano para todos
Cidade do Vaticano
Com o aumento constante da população de idosos em todo o mundo (809.743.000 dos 7 bilhões de habitantes) devido ao prolongamento da vida e os progressos da medicina, as nossas sociedades não parecem preparadas para viver de modo positivo a presença de tantos idosos. A ponto que se espalha cada vez mais uma cultura que não aceita ou não sabe tratar a fragilidade humana. É justamente nesta mentalidade que se enraízam abusos que nos deparamos cada vez mais no dia a dia: fraudes, golpes, falta de assistência e cuidado adequado, maus-tratos, que muitas vezes levam a morte.
Comunidade de Santo Egídio
Neste dia a Comunidade de Santo Egídio de Roma, que atua em mais de 70 países do mundo na defesa do direito dos idosos, em especial na assistência dos mais pobres, lança um apelo que divide em alguns pontos, entre os quais sugere o desenvolvimento de uma rede de relações sociais, atualmente muito fragmentadas nas sociedades onde viver sozinho está se tornando um modelo dominante. Para combater a solidão sugere um programa que existe há alguns anos na Itália: ¡°Viva os idosos¡±, que faz da luta contra o isolamento social e o apoio à fragilidade a base da própria atividade. O programa faz um controle ativo da população idosa, principalmente os que vivem sozinhos, e teve resultados muito positivos, ou seja, determinou um importante melhoramento na qualidade de vida das pessoas e a redução de custos na assistência pública.
Diretos dos Idosos
Outro ponto fundamental é tutelar os direitos dos idosos, em particular a liberdade de como e onde viver a própria vida. De fato, em muitos países do mundo, sobretudo nos mais ricos, colocar os idosos em casas de repouso torna-se muitas vezes, uma escolha obrigatória, pela carência de serviços nos territórios e a domicílio. Assim como, com frequência, registram-se verdadeiros abusos em estruturas destinadas a garantir uma existência digna aos que não têm mais condições de viver autonomamente a própria vida, tornando-se lugares de humilhação. É preciso transformar os lares para idosos em estruturas abertas ao mundo externo, com horário de visitas sem excessivas limitações (por exemplo nos horários) e permitir a saída dos idosos se desejarem, no respeito da segurança pessoal.
Habitações coletivas
Enfim uma sugestão moderna, já bem enraizada na Europa e sem muitas dificuldades de ser aplicada: as habitações coletivas (cohousing) onde os idosos decidem viver juntos para combater a solidão e enfrentar as dificuldades econômicas, uma resposta humana e praticável.
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