FAMA2018: "?gua ¨¦ de todos, n?o pode ser mercadoria"
Cidade do Vaticano
Após seis dias de debates, 7 mil trabalhadores do campo, da cidade, das florestas e das águas de 37 países dos cinco continentes, encerram o , Fórum Alternativo Mundial da Água, o maior fórum alternativo já realizado no planeta. Com a publicação de uma , o evento se realizou paralelamente ao Fórum Mundial da Água (FMA), promovido por grandes corporações diretamente ligadas à especulação do produto.
O FAMA 2018 realizou mais de 200 palestras, debates, seminários, painéis, atividades autogestionadas e assembleias e se concluiu quinta-feira, 22 de março, Dia Mundial da Água.
Água é direito, não mercadoria
O Documento final reafirma a luta contra qualquer privatização e o estabelecimento de propriedade privada da água. O FAMA defende a água como um bem comum, que deve ser controlado e estar a serviço do povo, reforçando o lema do encontro: ¡°Água é direito, não mercadoria¡±.
Ivo Poletto, cientista social e educador popular, assessor do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social e da Cáritas Brasileira, destaca o primeiro parágrafo da Carta-Denúncia dos Povos:
¡°Nós, os Povos Originários e Comunidades Tradicionais do Brasil, os guardiões das águas e da natureza, reunidos no Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), realizado no período de 17 a 22 de março de 2018, em Brasília-DF, berço das águas, para denunciar ao país e ao mundo as violações à natureza e aos direitos dos povos, trazemos aqui nossas perspectivas sobre as aguas, sobre os crimes praticados e seus impactos, sobre a luta, e sobre os desafios e as alternativas para a proteção da vida saudável com qualidade para esta e as futuras gerações, bem como para exigir a responsabilização e reparação pelos danos causados".
.Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), três em cada dez cidadãos no mundo não têm acesso à água potável em casa.
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