"Caravaggio, a Alma e o Sangue", chega às telas italianas
Paolo Ondarza – Cidade do vaticano
A luz e a sombra, a vida e a morte, a misericórdia e o pecado, a realidade e o engano, o pintor e o homem. É entorno a esta interação de realidades opostas mas inseparáveis que se desenvolve o filme-evento “Caravaggio, a Alma e o Sangue”, produzido pela Sky e Magnitudo Film, em colaboração com Palazzo reale e Vatican Media.
Uma viagem na interioridade de Michelangelo Merisi, pintor universalmente conhecido, cuja força emotiva não deixa de surpreender, emocionar, comover quem contempla suas obras ao longo do tempo.
Obras-primas de Caravaggio em 8k
A maestria do diretor mexicano Jesus Garces Lambert - autor de prestigiados documentários produzidos por importantes redes de televisão internacionais -, o formato Cinemascope 2:40 – graças ao qual se tem a impressão de tocar as pinturas -, e o formato 8k - que permite perceber detalhes não visíveis a olho nu, como alguma particular pincelada - são ingredientes que tornam este produto único no gênero.
Um filme para “tocar” a obra de Caravaggio
A película, dos produtores de “Firenze e gli Uffizi” e “Raffaello, il Principe dele Arti”, leva o grande público a ter uma experiência quase corpórea, sensorial, tátil, das 40 entre as mais conhecidas obras do artista que viveu entre os séculos XV e XVII, e preservadas em Milão, Florença, Roma, Nápoles e Malta.
Do enigmático “Riposo” durante a Fuga ao Egito, à intimista “Maddalena Penitente”, da dramática Conversão de São Paulo à Flagelação de Cristo, das comoventes Obras de Misericórdia à envolvente Vocação de São Mateus da Capela Contarelli, exposta na Igreja “San Luigi dei Francesi”, em Roma.
Rigor científico e alta resolução
“Caravaggio, l”Anima e il Sangue” não é somente uma exploração da obra do mestre, mas também um modo para conhecer de perto os conflitos e contrastes interiores de um artista, cuja vivência foi marcada por fatos de sangue, narrados pela voz de Manuel Agnelli, frontman dos Afterhours.
À alta resolução das imagens, soma-se a apurada pesquisa nos arquivos que preservam as marcas da passagem de Caravaggio.
O consultor científico da obra é um dos máximos experts do pintor, o historiador de arte Claudio Strinati, que no filme fala sobre ao artista, acompanhado pelas colegas Mina Gregori e Rossela Vodret, revelando com elas os resultados dos mais recentes estudos sobre ductus pictoricus de Michelangelo Merise.
“Este produto – explica Strinati – é um filme que une o rigor científico do documentário à emotividade da fiction”.
A luz fílmica
“A luz de Carvaggio é uma antecipação da luz fílmica, cinematográfica. Quem rodou o filme compreendeu este conceito e o tornou explícito”.
Segundo Strinati, “o valor de Caravaggio está na sua unicidade. Não há nada semelhante. Parece ter nascido do nada repentinamente, como um raio”.
“Caravaggio. L’Anima e il Sangue”, que obteve o reconhecimento da direção geral cinema MiBACT e o patrocínio da Prefeitura de Milão, chegará à TV pela SKY, para então ser distribuído nas salas de todo o mundo pela Nexo Digital.
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