Uma obra tragicómica para aliviar a quentura do inferno
Dulce Araújo Evora - Cidade do Vaticano
“No Inferno” é considerado, por muitos, uma obra de difícil leitura. De opinião contrária é o seu tradutor para o italiano, Marco Bucaioni, Professor de literaturas de língua portuguesa na Universidade La Tuscia, de Viterbo, e fundador da Casa Editora “Urogallo”, que publicou a obra. É uma obra não engajada, mas que tem muito a dizer ao mundo – afirma Bucaioni, confiante no sucesso da edição italiana.
A obra foi apresentada em Roma, no dia 21 de Janeiro, no Centro Cultural Francês, numa iniciativa da Rede Cultural Caboverdiana em colaboração com diversas outras associações e organismos, no âmbito do Dia dos Heróis Nacionais de Cabo Verde e Guiné-Bissau – 20 de Janeiro, data que recorda o triste assassinato, em Conacri, de Amílcar Cabral, líder da independência desses dois países.
A sala estava cheia de um publico misto, em que sobressaiam, todavia, os cabo-verdianos, entre os quais Alberto Andrade, que tinha muita curiosidade em conhecer Arménio Vieira e que não se deixa desencorajar por aqueles que dizem que o livro é difícil. Vai debruçar-se sobre a leitura.
Por seu lado, Arménio Vieira diz que a obra é “muita coisa, é uma obra tragicómica” para aliviar a quentura do inferno. Poeta, Arménio frisa que a obra lhe foi comissionada, mas que mais do que romancista, considera-se poeta…
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