ҽ

Papa visita o Hospital Bambino Gesù, em Roma, em 19 de março de 2022 Papa visita o Hospital Bambino Gesù, em Roma, em 19 de março de 2022 

A atuação da Pastoral da Saúde no Brasil, sinal de encontro, dom e partilha

Cuidado com doentes e sofredores norteia ações da iniciativa, reconhecida oficialmente pela Igreja do Brasil em 1986. Ações para confortar os que mais sofrem, porém, sempre fizeram parte da atuação da Igreja.
Ouça e conheça mais:

Victor Hugo Barros - Cidade do Vaticano

Cumprindo o mandato do Senhor, a Igreja sempre esteve junto dos doentes. De acordo com dados do Anuário Estatístico (publicado em 31 de dezembro de 2022), 102.409 institutos de saúde, beneficência e assistência são dirigidos pela Igreja no mundo. Para além destes números, milhares de fiéis se dedicam ao trabalho de cuidado com quem sofre com alguma doença.

No Brasil, a atuação da Pastoral da Saúde é um exemplo da presença eclesial junto aos sofredores. Instituída oficialmente em 09 de maio de 1986, junto a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a iniciativa vai ao encontro dos que sofrem, onde quer que estejam.

“A Pastoral da Saúde, por meio de milhares de agentes presentes em todas as regiões do Brasil e em nome da Igreja, se colocam a serviço como discípulos-missionários da comunidade para atendê-los em suas necessidades, ajudando-as a descobrir formas simples e adequadas para a promoção da saúde, tornando esta dedicação uma ação concreta dentro da Igreja”, explica a coordenadora nacional da Pastoral da Saúde no Brasil, Marlene Salette.

Segundo ela, a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Enfermo, celebrado nesta terça-feira (11), inspira os agentes em sua missão. “O Santo Padre, o Papa Francisco, nos convida a abandonar o ritmo acelerado e a olhar com compaixão para quem sofre. O sofrimento está nos hospitais, nos lares de idosos, nas famílias, e também nas comunidades”, testemunha.

A atuação no Brasil

Para chegar aos que mais sofrem, os membros da iniciativa realizam o trabalho em parceria. Desta forma, podem ir a outros lugares levando a presença consoladora de Cristo.

“O trabalho da Pastoral da Saúde é complementar ao serviço público, realizado sempre em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e, de acordo com as necessidades e particularidades de cada região do Brasil”, detalha a coordenadora.

As realidades locais também guiam os números e as atividades da Pastoral. Muitas vezes, onde falta a presença do poder público, ali está a presença da Igreja.

“O maior número de agentes está onde a densidade demográfica é maior, na região Sul e na região Sudeste. Porém, os agentes estão presentes em todo o território nacional. Nas regiões menos habitadas, onde o número de profissionais de saúde é menor, o trabalho dos agentes da Pastoral da Saúde ganha ainda maior importância”, comenta Marlene.

“Estive enfermo e cuidastes de mim” (Mt 25, 36)

Nestas situações e nos locais onde a vulnerabilidade social é mais forte, os desafios são ainda maiores. Mesmo assim, os agentes não deixam de realizar ações básicas de saúde, nutrição, educação e comunicação.

“Mesmo em meio a tantas dificuldades, o trabalho do agente da Pastoral da Saúde é recompensado com um sorriso no rosto do enfermo. Com a certeza de que a atuação do agente contribuiu para evitar doenças e reduzir as catástrofes naturais”, garante Marlene.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

11 fevereiro 2025, 08:42