ÃÛÌÒ½»ÓÑ

Crianças observam a destruição após um ataque israelense no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, em 7 de novembro de 2024. (Foto de Eyad BABA / AFP) Crianças observam a destruição após um ataque israelense no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, em 7 de novembro de 2024. (Foto de Eyad BABA / AFP)  (AFP or licensors)

“Não queremos deixar a nossa paróquiaâ€, diz pároco em Gaza

O pároco da Igreja da Sagrada Família testemunha a grande tensão que a comunidade está vivendo após a ordem de evacuação dada pelo exército israelense. É firme a determinação dos ³¦°ù¾±²õ³Ùã´Ç²õ de não deixarem suas casas para não acabarem “amontoados com outros dois milhões de palestinos deslocados que não têm mais nada e vivem em tendasâ€.

Roberto Cetera – Pope

Ouça e compartilhe

“Não há interrupção, dia e noite, do barulho dos helicópteros e das bombasâ€, afirmou o padre Gabriele Romanelli, pároco da Igreja da Sagrada Família em Gaza, ao L'Osservatore Romano. “Os ruídos vêm da área a noroeste de nosso local, na direção a Jabalia e Shita, onde ainda viviam algumas famílias cristãs. Mas agora, por lá, houve uma ordem de evacuação rigorosa. Os poucos cristãos que restaram se refugiaram nas duas paróquias, a nossa e a ortodoxa.

“A sede da Caritas e nosso centro de formação S. Tomás de Aquino, localizados a quatro quilômetros ao norte de nosso complexo, receberam ordens de evacuação para o sul. Felizmente, os dois prédios estão quase vazios, porque estavam sendo feitas obras de restauração. Quatro quilômetros é uma breve distânciaâ€, acrescenta, “e sabemos que as tropas israelenses logo chegarão perto de nossas casas. É por isso que no momento há uma grande tensão em nossa comunidade. Embora ainda não tenhamos recebido nenhuma ordem de evacuaçãoâ€. No entanto, conclui, “já há algumas semanas recebemos uma mensagem da IDF definindo a nossa como uma ‘zona vermelha’ e indicando dois corredores para o sul. No entanto, as nossas famílias não querem sair, não sei o que vai acontecer. Por que deveríamos sair? Nenhum de nós está envolvido no conflito. O que nossos cristãos fariam no sul? Juntando-se a dois milhões de outros palestinos deslocados que não têm nada e vivem em tendas. Espero que nossa situação também seja conhecida no Ocidente. E confio, como sempre, na capacidade de intervenção de nosso Patriarca (Cardeal Pierbattista Pizzaballa, ndr)â€.

As próximas horas serão decisivas para entender os desdobramentos, também na comunidade cristã, da implementação do que tem sido chamado de “plano dos generaisâ€.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

09 novembro 2024, 07:30