Papa: os crist?os devem ousar para derrotar o v¨ªrus social da indiferen?a
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O Papa deixou o Vaticano no final da tarde desta sexta-feira para participar, na Basílica de São João de Latrão, da Assembleia da Diocese de Roma.
O encontro encerra o percurso intitulado ¡°(Des)Igualdade¡±, iniciado em fevereiro deste ano para recordar os 50 anos do ¡°Congresso sobre os males de Roma¡±, como ficou conhecido, que reuniu os cristãos para debater as injustiças sociais da capital.
Naquela ocasião, recordou o Pontífice, a Igreja romana se colocou à escuta dos muitos sofrimentos que a marcavam, convidando seus membros a refletirem sobre a responsabilidade dos cristãos.
Mas infelizmente, comentou o Papa, ainda hoje existem muitas desigualdades e pobrezas que atingem os moradores da cidade. As pessoas que vivem nas ruas, jovens adultos que não encontram emprego ou casa, doentes e idosos sem acesso à saúde, adolescentes que caem das drogas e em outros vícios modernos interpelam os cristãos.
O Papa então questionou: ¡°Vemos na história ferida desses pessoas o rosto de Cristo sofredor? Somos capazes de ver isso? Que podemos fazer? Fazer uma festa para arrecadar fundos para os pobres? A hipocrisia é grande. É grande". "Muitas vezes os cristãos dizem belas palavras, mas depois com os gestos não as tornam críveis", denunciou.
Para Francisco, a questão da pobreza deve ser vivida como uma urgência eclesial: ¡°E por favor, não digamos que os cristãos, as freiras, os padres que trabalham com os pobres são comunistas. Por favor, vamos parar com isso. Isso ainda é dito¡±.
Como exemplo, o Papa citou o desperdício de alimentos nos restaurantes, mesmo a poucos metros do Vaticano, e as pessoas que depois vão recolher esse descarte. ¡°Como podemos aceitar isso?¡±, provocou. Uma cidade que assiste inerme a essas contradições é uma cidade dilacerada. Um cristão que não se faz próximo, não é compassivo e não é terno, não é cristão, acrescentou o Papa citando as três atitudes de Deus.
O Pontífice pediu que os cristãos arrisquem novos caminhos, vencendo o vírus da indiferença, promovendo a Doutrina Social da Igreja. E já seria um bom início se, ao saírem da Basílica, assumissem um compromisso concreto para superar as desigualdades.
Francisco concluiu falando da esperança, tema do iminente Jubileu: ¡°Dirijo a todos vocês um forte apelo a realizar obras concretas de esperança. Sonhar a esperança e construir a esperança através do nosso compromisso, que é um compromisso responsável e solidário. Ousem! Não tenham medo de sonhar!¡±.
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