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 Pe. Valentino Bulgarelli, diretor do Departamento Nacional da Catequese da ±õ³Ù¨¢±ô¾±²¹ Pe. Valentino Bulgarelli, diretor do Departamento Nacional da Catequese da ±õ³Ù¨¢±ô¾±²¹  (Educris)

F¨¢tima: mudar as estruturas e redescobrir o testemunho que vem dos catequistas

O papel do catequista ¨¦ central para o futuro, afirma Pe. Valentino Bulgarelli, diretor do Departamento Nacional da Catequese da ±õ³Ù¨¢±ô¾±²¹. Ele participou no final de semana das Jornadas Nacionais de Catequistas em F¨¢tima, Portugal: "Papa nos pede, j¨¢ desde 2013, que tenhamos a coragem de repensar com calma, com paci¨ºncia, com gradualidade as estruturas e os modos de proceder". "Diria que precisamos de pessoas com vida quotidiana que trazem consigo o Evangelho¡±, concluiu.

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As Jornadas Nacionais de Catequistas, evento promovido no final de semana no Centro Pastoral Paulo VI em Fátima, em Portugal, reuniram cerca de 1000 pessoas de todo o país. Dom António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECFD),  desejou que, na catequese de Portugal, se concretizem ¡°os pedidos do Papa Francisco na ¡®Evangelli Gaudium¡¯ que implica evangelizadores alegres que transmitam o encanto de ter f顱:

"A catequese, como outras realidades eclesiais, deve ser atrativa, não uma obrigação. E é nisso que estamos empenhados. Há muitas coisas que temos de mudar, desde os espaços, os lugares de anúncio para que o Evangelho chegue a todos."

Projetar a mudança com coragem

Um dos encontros foi conduzido pelo responsável pela catequese na Itália, Pe. Valentino Bulgarelli: a ¡°mudança de época¡± exige ¡°uma profunda e lenta mudança das estruturas criadas¡±. ¡°É preciso ter a coragem de terminar com os esquemas que já não funcionam em nível político, civil, social e eclesial. Defendemos uma estrutura e perdemos a coisa mais preciosa que são as pessoas. Precisamos redescobrir a Pessoa de hoje¡±, explicou o diretor do Departamento Nacional da Catequese da Itália, que abordou o tema "A Revelação e a transmissão da fé: os alicerces bíblicos do acreditar".

¡°O Papa nos pede, já desde 2013, que tenhamos a coragem de repensar com calma, com paciência, com gradualidade as estruturas e os modos de proceder. É fundamental começar a mudar.¡±

O sacerdote italiano criticou a tentação dos agentes em ¡°fazer da catequese uma aula de teologia¡±, que ¡°cria conhecedores do patrimônio e da história do cristianismo¡±, mas ¡°não discípulos de Jesus¡±. ¡°Precisamos escutar as pessoas. As crianças, os adolescentes, os jovens e os idosos. Todos os que estão em passagem de vida. O modo como fazemos catequese deve levar ao encontro com Jesus Cristo e isso acontece quando a escuta, a dúvida, o silêncio e a pergunta se encontram¡±, sustentou ele.

Antes de partir para Roma, onde participa na segunda sessão da Assembleia Sinodal, Pe. Bulgarelli convidou ¡°a voltar ao início¡± de maneira que ¡°o Evangelho encarne na vida das pessoas¡±: ¡°por vezes esquecemo-nos que o Deus em que acreditamos está na base de tudo, dá-se em gratuidade, não com reservas. Deus está antes de tudo e ama-te incondicionalmente¡­não existe um ¡®mas¡¯ ou um ¡®porquꡯ. Precisamos ajudar a gerar, naqueles que acolhemos, uma experiência que se vá aprofundando e se encarne na vida quotidiana¡±.

O futuro da catequese

Numa ¡°mudança de época¡±, onde os analfabetismos religiosos estão em forte expansão, o desafio dos crentes, ¡°bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos, passa por redescobrir as fontes¡±: ¡°numa certa busca de tudo procurar, de tudo fazer, a tudo chegar, temos dificuldade de nos abeirar das fontes, como a Liturgia ou a Palavra de Deus¡±. Perante uma ¡°nova pessoa¡± que valoriza o imediato, o zapping rápido, Pe. Bugarelli desafia a Igreja a ¡°valorizar as perguntas e as dúvidas de cada um¡±:

¡°Olhando para Jesus percebemos que ele faz muitas perguntas e recebe muitas perguntas. Precisamos de reabrir o diálogo entre fé e vida, fé e cultura, aceitando estar dentro de coisas que não estão clarificadas com fizemos há dois mil anos.¡±

Para o futuro da catequese, o diretor italiano considera que é ¡°central o papel do catequista¡±, que  pode ser o ponto de mediação entre a comunidade cristã e a vida de todos os dias. Não se trata tanto de assumir um momento de encontro dentro da comunidade, mas de descobrir o valor da credibilidade, do testemunho, do reconhecimento da figura do catequista. Diria que precisamos de pessoas com vida quotidiana que trazem consigo o Evangelho¡±, concluiu.

Colaboração: Educris

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21 outubro 2024, 14:41