±õ²Ô»å´Ç²Ô¨¦²õ¾±²¹: ¡°As voca??es n?o s?o nossas, mas uma obra de Deus¡±, diz o bispo Hormat
Pope
Verbitas, Somascos, Monfortinos, Vocacionistas, Scalabrinianos, Camilianos. Juntamente com as Irmãs do Perpétuo Socorro, as Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua e várias outras congregações femininas. A Diocese de Ruteng, na ilha indonésia de Flores, detém muitos recordes: é a maior da Indonésia em termos de população católica, com 800.000 fiéis de uma população total de um milhão, e está localizada em uma ilha que também é um lugar ¡°único¡± na nação de 17.000 ilhas, com maioria muçulmana: é, de fato, ¡°o coração católico¡± da Indonésia.
Nesse contexto, Ruteng é chamada de ¡°a diocese das mil congregações¡± devido à presença de tantos institutos religiosos com casas, obras sociais, escolas, Seminários cheios de jovens, tanto que, por causa desse florescimento, Flores é chamada de ¡°terra prometida¡± das vocações.
As vocações para o sacerdócio e para a vida consagrada são uma riqueza universalmente reconhecida: até mesmo o Papa Francisco, em sua homilia na Missa do Dia da Vida Consagrada de 2022, disse, acrescentando ao texto previamente preparado, que diante da crise de vocações, se poderia ir ¡°à ilha da Indonésia (ilha de Flores, ndr) para encontrar algumas¡±.
O Seminário, um tempo de discernimento vocacional
¡°No seminário menor de Ruteng temos 450 jovens, enquanto na diocese vizinha de Labuan Bajo, recentemente desmembrada do território de Ruteng, há 350. Muitos jovens querem entrar todos os anos: é preciso dizer que os Seminários são, em primeiro lugar, uma boa escola média, mas são em todo caso um lugar onde se cultiva a fé e se faz o discernimento vocacional. E é preciso lembrar que há também muitas casas de formação, seminários de ordens religiosas que acolhem centenas de outros jovens¡±, observa Ciprianus Hormat, bispo de Ruteng, em uma entrevista à agência Fides.
¡°É verdade e é fisiológico que a porcentagem dos que continuam o caminho do Seminário menor ao Seminário maior seja de 40% ou 50%, mas é justo que seja assim, que os jovens escutem e aprofundem a vontade de Deus em suas vidas, e sigam seu caminho. No entanto, esses são anos importantes para a formação humana e cristã, um patrimônio que eles carregam para toda a vida¡±, observa.
O bispo descreve a vida pastoral na Diocese de Ruteng: ¡°Temos 85 paróquias, 212 padres diocesanos e mais de 200 padres religiosos, cerca de 50 congregações religiosas femininas, em um total de mais de mil consagradas presentes em quase todas as paróquias. A fé está viva, e por isso agradecemos aos missionários portugueses e holandeses que trouxeram e pregaram o Evangelho em todos os vilarejos e fizeram com que ele criasse raízes no território¡±.
Um dom a ser compartilhado e não do qual apropriar-se
¡°Os missionários não estão mais na diocese porque, desde 1991, a Igreja está caminhando com suas próprias pernas¡±, observa dom Ciprianus.
¡°Há 265 escolas primárias e 20 escolas de ensino médio na diocese, frequentadas por milhares de alunos, além de muitas outras obras educacionais: em nossa área, a Igreja tem sido historicamente uma instituição que promove escolas de qualidade, e as primeiras escolas estabelecidas aqui eram católicas. Há também escolas de formação profissional: os missionários já viram e entenderam que, para mudar ou causar um impacto na sociedade, tudo começa com a educação. Recentemente, então, depois de muito trabalho árduo, concluímos uma obra como a Universidade Católica de São Paulo, que rapidamente se tornou um ponto de referência crucial para nossos jovens¡±, ele conta.
Tudo isso é, de acordo com o bispo, um dom a ser compartilhado e não do qual apropriar-se: ¡°Essa riqueza não é apenas ¡®nossa¡¯. Nós a colocamos a serviço da Igreja na Indonésia e da Igreja universal. É por isso que temos uma atividade de 'missio domestica' florescente e dinâmica, por meio da qual os padres de Ruteng vão prestar serviço pastoral e apostólico em outras dioceses da Indonésia, em regiões pobres que também precisam de pessoal eclesial, como Papua, Sumatra e Bornéu¡±.
Queremos ser ¡°uma Igreja aberta, missionária e em saída¡±
¡°O dom das vocações ao sacerdócio e à vida consagrada é sempre um mistério: é Deus quem chama¡±, continua ele. ¡°Essas vocações são uma obra de Deus. Acompanhar os jovens ao sacerdócio, portanto, não é apenas um trabalho ¡°para nós¡±, mas para o benefício de toda a comunidade eclesial, também para a Europa. De Ruteng, nossos sacerdotes partem em missão para a Suíça, Áustria e Itália.
Com a Holanda, a antiga nação colonizadora, há um acordo pastoral pelo qual alguns de nossos sacerdotes se mudam e servem lá por alguns anos, como fidei donum, e depois voltam para casa. Dessa forma, realmente vivemos e nos sentimos parte da Igreja universal: as necessidades da Igreja na Holanda são as nossas necessidades.
Ainda está viva a lembrança do bem que o último bispo holandês fez aqui em nosso território, o Verbita Wilhelm van Bekkum (Bispo de Ruteng de 1951 a 1972, ndr). Há gratidão em nosso coração e a expressamos hoje dessa forma. Hoje, procuramos continuar o trabalho desses missionários no presente e nos inspiramos neles: queremos ser, como diz o Papa Francisco, ¡°uma Igreja aberta, missionária e em saída¡±.
(com Fides)
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