Argentina: a preocupa??o da Igreja com os casos de crian?as desaparecidas
Myriam Sandouno ¨C Cidade do Vaticano
"Com a equipe 'Não ao Tráfico' da Conferência Episcopal, queremos reiterar nossa visão da situação atual e afirmar a necessidade de um Estado ativo na luta contra o crime de tráfico de pessoas, com a concepção, planejamento, implementação, monitoramento e controle das políticas públicas de prevenção", escrevem os bispos.
Prevenção, processos e assistência às vítimas
Em um documento publicado por ocasião do próximo Dia Internacional contra o Tráfico de Pessoas, em 30 de julho, a comissão executiva da Conferência Episcopal Argentina destaca a necessidade de um orçamento para a prevenção, os processos e a assistência às vítimas. "Trata-se de uma questão transversal a todo o espectro político e institucional, que exige um compromisso de consenso, colocando a luta contra esse crime no centro da agenda política e do debate legislativo", afirmam os prelados.
Desaparecimento em Corrientes
O misterioso desaparecimento do pequeno Loan Danilo Peña, desde 13 de junho, na pequena cidade de Nueve de Julio, na província de Corrientes, no nordeste do país, chocou a muitos, inclusive os bispos argentinos. No documento, eles expressam sua dor e preocupação com o desaparecimento dessa criança de 5 anos, bem como de outras crianças e jovens, muitos dos quais estão "mergulhados em situações de empobrecimento e violação dos direitos".
Loan Danilo Peña desapareceu repentinamente durante um passeio, enquanto ia colher laranjas, a poucos metros da casa de seus avós. As autoridades suspeitam de um sequestro no contexto do tráfico de crianças.
Dia de Oração em 30 de Julho
Para "fortalecer as ações de combate ao drama e ao crime do tráfico de seres humanos", a comissão executiva da Conferência Episcopal Argentina convoca um dia de oração para 30 de julho. Os bispos, em sua nota, relembram a mensagem de 8 de fevereiro do Papa para o 10º Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas. De fato, Francisco incentivava "a abrir os olhos e os ouvidos, para ver o invisível e ouvir os sem voz, para reconhecer a dignidade de cada um e para agir contra o tráfico e toda forma de exploração".
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