Solidariedade dos bispos húngaros com vÃtimas de enchentes em Porto Alegre
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
"Sentimos uma profunda compaixão e trazemos em nosso coração cheio de oração, as vítimas e todos os atingidos pelas enchentes que devastaram o Brasil em maio de 2024."
Assim inicia o que nesta quinta-feira, 30 de maio, informou sobre a doação de US$ 14.035,88 à Paróquia São Martinho, em Porto Alegre, que na sua Casa de Retiros passou a acolher mulheres e crianças desabrigadas pelas inundações em Porto Alegre.
O episcopado recorda na nota que a Paróquia foi fundada em 1968 pelo sacerdote húngaro Pe. Ladislau Molnar (László Molnár, em húngaro), hoje com 93 anos, que chegou ao Brasil em 1956 após fugir do comunismo e da repressão em seu país. O pároco atual é o padre Miguel Martins Costa.
A Casa de Retiros que acolhe os desabrigados foi construída sob inspiração do sacerdote húngaro em regime de mutirão, que envolveu toda a comunidade ao longo de todo o ano de 1990. Mais de 10 mil pessoas participaram dos retiros oferecidos no local, e que eram ministrados por membros da Fraternidade Nossa Senhora da Evangelização.
E diante da atual catástrofe climática, os retiros abriram espaço para a caridade e a solidariedade às populações atingidas. De fato, foi formada uma parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, o que possibilitou à Casa de Retiros, com seus 22 quartos, acolher crianças e mulheres desabrigadas. O local, que já dispunha de um refeitório, conta agora também com lavanderia.
Esta ajuda imediata decidida pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal Húngara tem por objetivo, como especificado na nota, "socorrer os necessitados com alimentação, roupas, produtos de higiene", além de suprir outras prementes necessidades.
Segundo o boletim divulgado nesta quinta-feira, 30, as chuvas sem precedentes que deixaram um rastro de destruição no Estado do Rio Grande do Sul, provocaram a morte de 169 pessoas e afetaram 2,3 milhões de gaúchos em 473 municípios. 44 pessoas ainda estão desaparecidas. Há cerca de 581 mil pessoas desalojadas no Estado e pouco mais de 45 mil estão em abrigos.
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