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Um memorial às vítimas do atentado já foi feito em frente ao Crocus City Hall Um memorial às vítimas do atentado já foi feito em frente ao Crocus City Hall  (YULIA MOROZOVA)

Moscou: um horror o atentado, mas, "por favor, não se desespere", diz dom Pezzi

Em uma mensagem, o arcebispo da Mãe de Deus na capital russa, dom Paolo Pezzi, fala do "brutal ataque terrorista" que matou e feriu mais de 200 pessoas. O apelo é para que sejamos testemunhas de esperança "nestes tempos sombrios".

Alessandro De Carolis - Pope

"Hoje nossos corações estão cheios de horror e de dor, mas não permitiremos que nos façam esquecer que nossas vidas e as vidas de todos os homens estão nas mãos de Deus". É um apelo ao coração, ao ponto em que a fé sabe ser uma barreira às lágrimas e ao ódio diante de um massacre sem sentido, aquele que faz dom Paolo Pezzi, arcebispo da Mãe de Deus em Moscou. Uma mensagem divulgada enquanto a contagem de mortes parece interminável após o ataque desta sexta-feira (22) à noite ao Crocus City Hall de Moscou, reivindicado pelo Isis, e enquanto as imagens da TV e das mídias sociais mostram cenas terríveis de uma noite de lazer transformada em um massacre.

Esperança nestes tempos sombrios

"Ataque terrorista brutal" é como dom Pezzi o chama, mas ele opta por dirigi-lo não a interlocutores genéricos, mas olhando idealmente nos olhos daqueles que lerão suas palavras, pessoais e diretas: "não se desespere e seja aquela presença amorosa de Cristo onde você estiver, seja uma testemunha de esperança nestes tempos sombrios".

"Resposta amorosa"

A mensagem expressa solidariedade com os parentes das vítimas da "terrível tragédia", encoraja os socorristas e lembra a iminência da Semana Santa "na qual a Igreja Católica entrará neste domingo (24)", reforça. "Ele nos lembra", escreve o prelado, "que a morte não é a última palavra, que Cristo vence a morte. Mas antes disso, Ele compartilha conosco toda a profundidade de nosso sofrimento, 'homem de dores e conhecedor da dor', Ele não nos livra do sofrimento, mas passa por ele conosco". A "resposta de Deus ao sofrimento humano", assegura, "é uma presença amorosa".

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23 março 2024, 15:01