“A situação é verdadeiramente trágica, é um desastre", diz arcebispo de Santiago sobre incêndios
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O número de mortos nos incêndios florestais que devastam o centro do Chile desde sexta-feira, 2 de fevereiro, aumentou para 131 na terça-feira. Mais de 300 pessoas estão desaparecidas. Os incêndios em Valparaíso são considerados o desastre mais mortal no Chile desde o terremoto de 2010. As autoridades sugeriram que alguns poderiam ter sido provocados intencionalmente.
“A situação é verdadeiramente trágica, é um desastre", afirmou à Agência Fides o arcebispo de Santiago, Dom Fernando Chomalì Garib. "As pessoas atingidas perderam quase tudo, foram destruídas muitas casas, edifícios inteiros e diversas escolas".
Já o bispo da Diocese de Valparaíso, Dom Jorge Vega Velasco SVD, havia informado ainda no domingo que em Viña del Mar, "uma igreja paroquial e uma capela foram completamente destruídas. Infelizmente, o mesmo aconteceu em Quilpué e Villa Alemana”. No domingo, 4 de fevereiro, foram registrados 165 incêndios, dos quais 40 ainda estavam fora de controle.
Até o momento, foram particularmente atingidas as cidades de Viña del Mar, com cerca de 326 mil habitantes, Quilpué, com cerca de 127 mil e Villa Alemana, com cerca de 144 mil. O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) informou que 26 mil hectares de vegetação e vários conjuntos residenciais foram queimados.
O presidente Gabriel Boric durante visita à região atingida, anunciou que os móveis utilizados nos Jogos Pan-Americanos de 2023 serão doados às vítimas. Ele disse que o governo também perdoará as contas de água de 9.200 casas afetadas.
O Serviço Médico Forense do Chile disse que muitos corpos recuperados dos incêndios estavam em más condições e era difícil identificá-los, mas os especialistas forenses recolheriam amostras de material genético de pessoas que relatassem o desaparecimento de parentes.
Com informações de Agência Fides e AP/La Presse
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