Livro sobre »å¾±¨¢±ô´Ç²µ´Ç entre os pobres do mundo e o Papa ¨¦ lan?ado em Madri
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Na Universidade Francisco de Vitoria, em Madri, na Espanha, Dom Ginés García Beltrán, bispo da Diocese de Getafe, apresentou o livro "Dos pobres ao Papa, do Papa ao mundo", que reúne o diálogo entre os pobres dos cinco continentes com o Papa Francisco, organizado e publicado pela . A apresentação aconteceu em 15 de fevereiro.
"O diálogo do Papa Francisco com os pobres da terra é mais uma expressão da sua preocupação e do amor pelos mais necessitados, por aqueles que foram deixados nas sarjetas da vida, por aqueles que não contam, por aqueles que são descartados".
Na sua intervenção, Dom Álvaro Cárdenas apresentou o Projeto Lázaro, organizador desse diálogo, como "mais uma proposta em nossas comunidades e em nossa sociedade para tirar do anonimato e da exclusão nossos irmãos e irmãs que vivem nas ruas". Ele lembrou que "se as pessoas que vivem na rua precisam de um teto, elas também precisam de relações humanas: acolhimento, escuta, carinho e amizade". Ele explicou ainda que "Lázaro é mais do que um projeto social, é mais do que uma resposta às necessidades das pessoas em risco de exclusão. Ele também quer ser o fermento de uma nova cultura na qual os jovens são os protagonistas, comprometidos em tornar possível a transformação necessária da nossa sociedade".
Em seguida, mostrou a origem desse diálogo entre os pobres e o Papa, convidando todos a ler a obra: "as páginas constituem um diálogo simples, direto e esclarecedor entre os pobres e o Papa, e através deles com todos nós, cristãos, crentes ou não, todos membros da mesma família humana. Uma conversa cara a cara e de coração a coração com ele nesta hora atual da Igreja e do mundo, cheia de enormes desafios".
O que é absolutamente inédito nesse diálogo é que os protagonistas são os pobres da Terra, não um jornalista conhecido ou um veículo de comunicação. Nunca antes os pobres da Terra foram os protagonistas de uma entrevista com aquele que governa os destinos de milhões de cristãos no mundo e constitui uma autoridade moral mundial.
Dialogar com as pessoas de hoje
Ginés García Beltrán, bispo de Getafe, lembrou o desejo do Papa de estabelecer um diálogo honesto e sincero com todos, inclusive com aqueles que pensam diferente dele, da Igreja, razão pela qual "em muitas ocasiões as entrevistas do Papa são cercadas de polêmica". Embora saiba que às vezes suas palavras não serão compreendidas ou aceitas, "o Papa quer correr esse risco e dá entrevistas a vários meios de comunicação de origens e ideologias muito diferentes".
O bispo de Getafe disse ainda que "ele conhece o risco envolvido em uma entrevista, mas seu desejo de se aproximar e dialogar com as pessoas de hoje é mais forte do que o que suas opiniões podem gerar". Também lembrou como a linguagem da acolhida, da escuta, da proximidade, é a linguagem que todos entendem: "o Papa repete com frequência, e eu o ouvi dizer pessoalmente, que a linguagem da proximidade é uma linguagem universal que todos entendem, independentemente de ideias, sentimentos ou crenças".
O prelado destacou que nesse livro "encontramos Francisco em seu estado puro". Ele comentou que o livro oferece confidências preciosas sobre "o lado mais humano do Papa e a profundidade do seu coração", os momentos mais difíceis de escuridão pelos quais passou e a pergunta que às vezes fez a si mesmo: "onde está Deus?". Também mostra a sensibilidade especial para com os pobres e a denúncia de um mundo injusto que exclui os pobres. "Fala da dignidade vergonhosa, da exclusão, do pecado, da má distribuição da riqueza, da propriedade privada e do uso universal dos bens, do homem de rua e da importância da família". E, é claro, "o sentido da vida", "a fé, o sofrimento e a esperança".
"O diálogo com os pobres da terra contido nestas páginas é uma expressão adicional dessa preocupação, do amor pelos mais necessitados, por aqueles que foram deixados nas sarjetas da vida, por aqueles que não contam, por aqueles que são descartados. É uma nova oportunidade que o Papa não perde para dar voz aos que não têm voz".
Ao final da sua leitura, Ginés destacou que "podemos dizer que o conhecemos um pouco mais, que ele é mais parte de nós, de nossa família". Ele terminou agradecendo ao projeto Lázaro por esse diálogo com o Papa, expressando o forte desejo de que a iniciativa possa em breve se tornar uma realidade no sul de Madri.
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