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O padre polon¨ºs foi preso em 1941 e partilhou o destino de sofrimento de muitos prisioneiros em Auschwitz O padre polon¨ºs foi preso em 1941 e partilhou o destino de sofrimento de muitos prisioneiros em Auschwitz 

O testemunho de Pe. Kolbe que transformou o evangelho em vida

A Igreja recorda nesta segunda-feira, 14 de agosto, S?o Maximiliano Maria Kolbe, "um dos maiores testemunhos de liberdade, dentro do campo de concentra??o de Auschwitz", afirma Pe. Maicon Andr¨¦ Malacarne em artigo. O "testemunho de liberdade, de dom, de entrega" do padre polon¨ºs "¨¦ o ressoar de quem assumiu radicalmente a P¨¢scoa e o amor de Jesus Cristo e transformou o evangelho em vida".
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Pe. Maicon André Malacarne*

O anúncio da paixão de Jesus Cristo é atravessado pela pergunta dos cobradores de impostos a Pedro: «o vosso mestre não paga o imposto do Templo?» (Mt 17,22-27). Trata-se da permanente tensão entre o ¡®dom¡¯ e a ¡®obrigação¡¯. De fato, Jesus viveu toda a vida como entrega, como ¡®pagamento¡¯, e a prova maior foi a cruz. A taxa do Templo era infinitamente menor do significado da Páscoa de Jesus, mas, para não escandalizar ninguém, Jesus disse a Pedro: «pega, então, a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti». A liberdade com que Jesus realizava cada gesto era firmada no compromisso de não gastar tantas forças com questões secundárias.

Uma das grandes conquistas da vida é a liberdade! Pessoas livres são muito fáceis para conversar, para conviver e são sempre generosas em acolher! Pessoas livres não se preocupam tanto com ¡®o que os outros vão achar¡¯, mas também descobrem que a liberdade é sempre um caminho de libertação, um ¡®sapato¡¯ para calçar todos os dias. A liberdade não é um ponto de chegada, sempre um ponto de partida na dinâmica de ¡®livremente ser¡¯.

Um dos maiores testemunhos de liberdade, dentro do campo de concentração de Auschwitz, foi de São Maximiliano Maria Kolbe, cuja memória a Igreja celebra hoje! O padre polonês foi preso em 1941 e partilhou o destino de sofrimento de muitos prisioneiros. O episódio mais conhecido da sua história data julho de 1941, quando um dos prisioneiros fugiu e, como castigo, a ¡®lei do campo¡¯ escolhia dez presos para morrer sem comer. Um dos escolhidos era Franciszek Gajowniczek, pai de família que, quando ouviu seu nome, começou chorar por causa dos filhos.

O Pe. Kolbe, então, se ofereceu para ir no lugar daquele pai. Por ser um padre, logo a guarda acolheu o pedido. Os dez presos sobreviveram 14 dias e, em 14 de agosto, para apressar a morte daqueles que os guardas encontravam sempre rezando, decidiram matá-los com uma injeção de fenol. Também partiu assim Maximiliano! O seu testemunho de liberdade, de dom, de entrega é o ressoar de quem assumiu radicalmente a Páscoa e o amor de Jesus Cristo e transformou o evangelho em vida.

* Diocese de Erexim/RS

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14 agosto 2023, 08:37