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O padre Marko Ivan Rupnik, conhecido artista e pregador, acusado de abusos psicológicos e sexuais por algumas consagradas adultas, foi demitido da Companhia de Jesus da qual era membro. O anúncio foi dado pelo padre Johan Verschueren, conselheiro geral e delegado para as Casas e Obras Interprovinciais da Companhia de Jesus em Roma, que destaca que a decisão foi tomada "em conformidade com o direito canônico", devido à "recusa obstinada" de Rupnik em "observar o voto de obediência".

Os superiores haviam imposto ao padre Rupnik "mudar de comunidade" e de "aceitar uma nova missão". Isto depois de ter considerado "muito elevado" o grau de credibilidade do que foi denunciado e testemunhado contra ele no dossiê que recolhe "inúmeras denúncias de todo o tipo", provenientes "de fontes muito diversas e por fatos ocorridos ao longo de um período de mais de 30 anos”. O dossiê havia sido entregue em fevereiro de 2023 pela Equipe Referente em casos de denúncias contra jesuítas.

“Diante da repetida recusa de Marko Rupnik em obedecer a este mandato, infelizmente só nos resta uma solução: a demissão da Companhia de Jesus”, continua o comunicado.

O decreto da demissão foi entregue ao sacerdote na quarta-feira, 14 de junho; agora ele tem 30 dias para apresentar recurso. “Se e quando a demissão da Companhia do padre Marko Rupnik da Companhia se tornar definitiva, será possível aprofundar as questões e dar a conhecer mais coisas”, informa Verschueren, agradecendo “pela compreensão e o apoio neste doloroso caso”.