ҽ

Exposição Fotográfica entre as colunas da Praça de São Pedro. Na fotografia, avó, mãe, tia e neta: mulheres que seguem para o cultivo de mandioca no coração da Amazônia Exposição Fotográfica entre as colunas da Praça de São Pedro. Na fotografia, avó, mãe, tia e neta: mulheres que seguem para o cultivo de mandioca no coração da Amazônia 

Três fotos brasileiras em exposição na Praça São Pedro

Uma coletiva de imprensa apresentou, na manhã desta terça-feira, 2 de maio, a colunata da Praça São Pedro será transformada em área expositiva, para receber a mostra fotográfica “Woman’s Cry” (Choro das Mulheres). Entre elas, três fotografias do Brasil.
Ouça a reportagem

Irmã Grazielle Rigotti, ascj - Pope

Nesta terça feira, dia 2 de maio e durante todo o mês, a colunata esquerda da Praça São Pedro, no Vaticano, será transformada em uma área expositiva, para receber a mostra fotográfica “Choro das Mulheres”. A exposição consiste em 26 fotos, tiradas por uma equipe de 8 fotógrafos internacionais, que aceitaram o desafio de dar voz, por meio de um quadro, ao grito de dor, muitas vezes oculto, de mulheres em todo o mundo.

“É um sinal de como a Igreja hoje quer abraçar todas as mulheres do mundo, crentes e não crentes, e dar-lhes visibilidade, transformar, melhorar suas vidas, a de suas famílias, a de seus povos”, afirmou Dra. Maria Lia Zervino, Presidente Geral da União Mundial das Organizações de Mulheres Católicas, na coletiva que apresentou a mostra.

Estava também presente Dra. Lia Giovanazzi Beltrami, produtora, diretora de arte, e também criadora e curadora da exposição fotográfica “Choro das Mulheres”. Ela ressaltou que “em um mundo marcado por profundas divisões, a arte pode oferecer um espaço aberto, um lar comum onde a síntese pode ocorrer, onde podemos nos reunir como uma humanidade unida em harmonia.”

Na foto, jovens de Marcos Moura, na Paraíba, preparam um espetáculo de arte e ecologia integral
Na foto, jovens de Marcos Moura, na Paraíba, preparam um espetáculo de arte e ecologia integral

Por sua vez, Dr. Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação, sublinhou que “as imagens que compõem a exposição têm a força, o poder de nos obrigar a parar, a ver.” E completou: “elas exigem uma mudança, antes de tudo no espectador. Elas põem em movimento algo que não para. E que certamente é diferente para cada visitante, para cada olhar. Elas nos questionam. Não oferecem respostas. Mas nos colocam diante da nossa cegueira.”

A curadora do projeto garantiu que cada imagem contará uma história profunda, e para citar um exemplo, falou sobre uma fotografia brasileira do fotógrafo Sebastiano Rossitto: “São três fotografias do Brasil, mas falo sobre uma em particular. Vocês verão algumas meninas dançando no coração de uma favela. É uma favela muito, muito violenta e difícil, onde o Centro social procura dar uma esperança e um futuro aos meninos que não têm muitas possibilidades.”

Na foto, uma família pertencente ao povo indígena na Amazônia brasileira
Na foto, uma família pertencente ao povo indígena na Amazônia brasileira

Dra. Beltrami acrescentou que em conjunto com este projeto, e em companhia de Irmã Sandra, Madre Geral das Irmãs da Providência, realizaram a exposição Laudato si': O Espaço da Vida na Terra. E então, as jovens estarão aqui no dia 24 de maio, e dançando entre as fotos da exposição, dando mais vida ao projeto e trarão ao Santo Padre o cocar azul, que verão em outra foto de Sebastião na exposição, feito pelas mulheres indígenas da Amazônia”, e concluiu:  “Elas querem dizer obrigada ao Papa Francisco, porque não as deixa sós, porque com as suas palavras com a Querida Amazônia, com a sua proximidade é a verdadeira força que tem para reagir diante de tudo isso.”

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

02 maio 2023, 12:18