Vocacionados e enviados para a missão: carta pastoral
Carlos Moioli – Arquidiocese do Rio de Janeiro
“Vocacionados e enviados para a missão” e o lema da Carta Pastoral para o “Ano Vocacional Missionário” publicada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, durante a 10ª Festa da Unidade, realizada na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no último dia 26 de novembro.
Idealizada pelo próprio arcebispo a partir do seu lema episcopal “Que todos sejam um”, a Festa da Unidade sempre acontece no último dia do ano litúrgico, e tem por objetivo celebrar a unidade arquidiocesana com um só coração e uma só alma, de caminhar juntos, no tempo de uma Igreja sinodal, para a edificação do corpo de Cristo que é a Igreja.
Na Carta Pastoral, Dom Orani contempla datas importantes da Igreja convocadas pelo Papa Francisco como o Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade (que será realizado em duas partes: 2023 e 2024), o Ano Santo em 2025, o jubileu do Concílio Vaticano II (2023), o Ano da Oração (2024) e, de maneira especial, o Ano Vocacional Missionário na arquidiocese, na qual convida o clero, os consagrados, seminaristas, leigos e o povo de Deus a viver com intensidade a vida missionária.
“Peço a Deus que a nossa Carta Pastoral seja um incentivo para que todos se sintam convidados e chamados a viver a missão com muito entusiasmo, nas diversas situações pastorais, independentemente da vocação a que foram chamados. De valorizar e aceitar um ao outro, na busca de sermos transparentes e animados na caminhada, como povo de Deus. De levar a boa notícia da salvação, a vida e a esperança ao coração das pessoas, muitas vezes cansadas e desanimadas por tantas dores e sofrimentos”, evidenciou o arcebispo.
Ano Vocacional
A Carta Pastoral contempla o 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil, que será celebrado de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023, que tem como tema “Vocação: graça e missão” e o lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (Lc 24, 32-33).
Ano Vocacional Missionário
Junto com o Ano Vocacional no Brasil, a Igreja no Rio de Janeiro experimenta, no mesmo período, o Ano Missionário, dentro das propostas do 13º Plano de Pastoral de Conjunto da arquidiocese. Os dois eventos foram abertos por Dom Orani na vigília da Solenidade de Cristo Rei, 19 de novembro, no Santuário do Cristo Redentor, no Corcovado, com a presença de formadores e vocacionados da arquidiocese.
Para viver a vocação e a missão e ser sinais de unidade na sociedade, segundo evidenciou Dom Orani, os cristãos devem viver a comunhão na mesma fé, no mesmo batismo, na mesma caminhada de povo de Deus.
“Vocação é graça, pois é o Senhor quem caminha conosco e faz arder nossos corações para a missão. Que Ele fecunde nossos corações para que possamos dar passos, colocar-nos a caminho, e viver com entusiasmo o chamado, a vida cristã em todas as vocações”, disse.
Vocação missionária
Por ocasião da abertura dos eventos, contemplados na Carta Pastoral, Dom Orani convidou a todos para viver com alegria a vocação a que foi chamado, na certeza que é um dom, uma graça do Senhor.
“Não merecemos, mas o Senhor é que nos chama para ser cristãos, e como batizados, a dar passos na vida cristã dentro dos vários tipos de vocações. É o Senhor quem chama, e coloca no coração a inquietação de servir ao Reino de Deus. Cada um é chamado para discernir a entrega da vida ao Senhor”, disse.
“Precisamos ser missionários. Sem dúvida, nossa vocação é missionária. Quando o Senhor fala ao nosso coração ele arde, e somos impulsionados a colocar-nos a caminho e anunciá-lo aos irmãos. Todas as vocações são chamadas a isso, de maneira especial a do ministério ordenado. A vida missionária é essencial à Igreja. Ou somos missionários, ou não somos Igreja. Somos missionários para testemunhar em quem cremos, que Jesus Cristo é a razão de nossa vida”, afirmou o arcebispo.
Dom Orani observou ainda a necessidade de anunciar que “Jesus Cristo é a luz de que o mundo tanto necessita”. Ele disse que, para o mundo ser mais justo e humano, supõe que “cada batizado possa buscar e encontrar-se com Jesus Cristo e sentir-se feliz e alegre de estar na sua presença”.
Entre as várias vocações na Igreja, evidenciou o arcebispo, o ministério ordenado é uma vocação que requer discernimento e uma opção de dizer ‘sim’ ao chamado do Senhor.
Os que são chamados ao ministério ordenado devem servir à comunidade, o povo de Deus. Devem servir com generosidade e com alegria dentro da caminhada da Igreja. Deus não falta para aqueles que são chamados a responder seu ‘sim’. Somos herdeiros de uma bela caminhada, mesmo com dificuldades, mas recebemos a herança de levar a missão adiante. Que neste Ano Vocacional e Missionário possam florescer muitas vocações em nossa arquidiocese, e que todos os chamados possam, com os corações ardentes, colocar os pés a caminho”, concluiu o arcebispo.
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