Morre, aos 81 anos, o arcebispo ortodoxo de Chipre, Chrysostomos II
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Sua Beatitude Chrysostomos II, arcebispo ortodoxo de Chipre, faleceu na manhã desta segunda-feira, 7 de novembro, em sua arquidiocese. O metropolita havia sido hospitalizado nas últimas semanas. Ele vinha lutando contra um câncer há algum tempo. Com a sua morte, o metropolita de Paphos Georgios assume o cargo de "guardião do trono" até que um novo arcebispo seja eleito e entronizado.
Ao dar a notícia, a Igreja de Chipre escreve: "Em 2022, os 16 anos frutíferos da liderança do beato arcebispo de Chipre Chrysostomos II chegaram ao fim. Foi um dos períodos mais produtivos da Igreja e de Chipre em geral. Em 5 de novembro de 2006 ele foi eleito arcebispo e em 12 de novembro de 2006 foi entronizado na Catedral de São João Teólogo em Nicósia".
Um dos grandes protagonistas do movimento ecumênico
Chrysostomos também foi um dos grandes protagonistas do movimento ecumênico. Atuando como presidente do Santo Sínodo da Igreja de Chipre, participou das exéquias do Papa João Paulo II e da inauguração do Pontificado do Papa Bento XVI no Vaticano, em 2005. Em resposta ao gesto fraterno, Bento XVI enviou uma própria delegação à sua cerimônia de entronização.
O clima de fraternidade mútua entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa de Chipre foi mais tarde reforçado com a viagem apostólica do Papa Francisco à ilha cipriota em dezembro de 2021, onde o Papa se reuniu com o arcebispo e o Santo Sínodo na catedral ortodoxa.
Agradecimento do Papa Francisco ao irmão ortodoxo
"Tenho a alegria de estar em vosso meio e vos agradeço a acolhida cordial", disse o Papa naquela ocasião, acrescentando: "Obrigado, querido Irmão, por suas palavras, pela abertura de coração e por seu compromisso de promover o diálogo entre nós".
Desde o início de seu ministério, Chrysostomos II sempre denunciou as limitações religiosas que têm que sofrer os fiéis cristãos na parte turca de Chipre. Ao longo dos séculos, a Igreja nesta ilha mediterrânea passou por muitas provações.
Arcebispo foi a voz do seu povo em meio a opressões
Em cada ocasião, Chrysostomos tornou-se a voz de seu povo, denunciando em vários âmbitos a apreensão de 38% da ilha pela Turquia, a expulsão de 200 mil cristãos cipriotas de suas casas, o saque de templos bizantinos com seus mosaicos, e a mudança de nomes de lugares históricos com referências à cultura grega ou cristã.
Em seu obituário, a Igreja de Chipre lembra nesta data: "Seu amor pela Igreja e sua contribuição para ela também podem ser vistos também pelo grande número de igrejas que ele reparou, restaurou, erigiu e inaugurou".
(com Sir)
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