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Leva o nome de Santa Margarida a declaração assinada na quarta-feira, 16, pelo arcebispo católico de Edimburgo, Dom Leo Cushley, pelo moderador da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana da Escócia, Dr. Iain Greenshields, e pela princesa Anne,.

O evento, realizado na Abadia de Dunfermline - onde jazem os restos mortais desta Rainha da Escócia que viveu entre 1045 e 1093, além de outros nove monarcas escoceses - contou com a presença de mais de trezentos convidados da comunidade local e da sociedade civil.

Na "Declaração de Santa Margarida", fruto de anos de trabalho ecumênico, a Igreja Católica e a Igreja da Escócia "exprimem seu reconhecimento recíproco como Igrejas cristãs, constituídas por irmãos e irmãs em Cristo, manifestam a sua amizade e o respeito de uma pela outra e se comprometem em colaborar no anúncio do Reino de Deus”.

No mesmo comunicado, os dirigentes católicos e presbiterianos “reconhecem as feridas que os nossos antepassados ??infligiram uns aos outros e pedem perdão por isso”. Reconhecem, ademais, que mesmo em tempos mais recentes, "muito poderia ter sido dito, entre nós, com maior gentileza e feito com mais caridade para promover o perdão e a amizade entre os cristãos da nossa terra”, escrevem os líderes católicos e presbiterianos na declaração na qual também se reconhece a existência de algumas divisões entre as duas Igrejas e a necessidade de mais trabalho para a reconciliação.

A Igreja Católica na Escócia, que tem por padroeiro Santo André, tem cerca de 850 mil fiéis, em uma população de pouco mais de 5 milhões e 400 mil escoceses. Já a Igreja da Escócia (The Kirk, como é chamada) é a maior religião do país, tendo sido fundada pela Reforma Protestante por John Knox. É calvinista e presbiteriana e não anglicana, não devendo ser confundida com a Igreja da Inglaterra ou da Irlanda, ou com a Igreja Episcopal Escocesa.

*Com informações da Agência SIR