A vocação é um mistério: partilhar a Palavra de Deus com quem nunca a ouviu
Pope
Simplicidade e gentileza, sentido de pertença e, sobretudo, o modo de acolher as pessoas, escutá-las e confiar nelas são algumas das características que inspiraram um jovem a se juntar aos Combonianos.
Tap Simon Yomkuey é um missionário Comboniano do Sudão do Sul que fez seus primeiros votos religiosos em 23 de maio de 2020. "Por que eu decidi me tornar um Comboniano? Uma vocação é um mistério", disse ele.
Junto aos abandonados e excluídos
"Dos Combonianos que conheci em minha paróquia em Bahry, sempre percebi um elemento de igualdade, ninguém se considerava mais importante do que os outros, e isso me motivou a me juntar a eles. Meu sonho é compartilhar a Palavra de Deus com aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ouvi-la. Para alcançar aqueles que estão abandonados e excluídos, como aqueles que vivem nas favelas. Devemos ajudá-los a resolver sua condição de abandono e também trabalhar junto àqueles que procuram isolá-los da sociedade. As pessoas devem entender que somos todos iguais, embora com talentos diferentes. A única diferença é como os usamos."
"Ao longo destes anos - continua o missionário -, aprendi a conviver com pessoas de diferentes origens, culturas e ideias. Eu também aprendi muito com seus sacrifícios. Quando penso em nosso fundador Daniele Comboni, sinto como ele era apaixonado por levar a Palavra de Deus àqueles que nunca a tinham ouvido; ele se sacrificou muito e se colocou no lugar dos outros."
Vinde e vede
Em Juba, Simon conheceu o provincial comboniano do Sudão do Sul, padre Luigi Okot, que o envolveu num programa de um ano chamado "Vinde e Vede", durante o qual, cada último sábado do mês, encontraram muitos aspirantes, rapazes e moças, na casa provincial. "Eles nos falavam das vocações, fornecendo livretos sobre a vida de Comboni e outros materiais".
"Após um ano, em 2014, fui admitido no pré-postulantado de seis meses, seguido de uma experiência paroquial. Depois me mudei para Nairobi para o postulantado, onde fiz um curso filosófico de três anos, seguido por um noviciado de dois anos em Namugongo, em Uganda."
Formação na África do Sul
"Após o noviciado, fui designado para o escolantado em Pietermaritzburg, na África do Sul. Eu não podia ir visitar minha família - não os via desde 2018 - porque Uganda estava sob o bloqueio por causa da Covid."
"Enquanto esperava, aproveitei a oportunidade para permanecer na comunidade comboniana que ajudava os sul-sudaneses deslocados em Uganda. Quando as fronteiras finalmente se abriram, voltei a Juba e, antes que a África do Sul pudesse fechá-las novamente, retornei ao país", concluiu.
(com Fides)
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