Dom Ubiratan: Francisco de Assis, um homem atual
Silvonei José - Pope
O Regional leste 1 da CNBB ¨C Estado do Rio de Janeiro - está realizando a sua visita ad Limina ao Santo Padre e aos Dicastérios da Cúrima Roma. Um momento muito especial foi vivido nesta segunda-feira, (03/10) no encontro com o Papa Francisco: mais de uma hora e meia de conversas, olhares e brincadeiras.
Sobre esse importante momento nós conversamos com Dom Frei José Ubiratan Lopes, OFMCap, bispo da Diocese de Itaguaí.
Dom Ubiratan iniciou recordando que a visita foi aberta com a celebração Eucarística na manhã desta segunda-feira, no túmulo de São Pedro.
"Celebramos as 7h30 da manhã. Foi uma abertura muito importante porque ali nós rezamos por toda a Igreja, pelo Papa, pelos nossos diocesanos, para que São Pedro intercedesse, a pedra da Igreja. Depois do Papa nos recebeu, foi das 9h30 até às 11 horas. Nós tivemos uma hora e meia de encontro com todos os bispos na sala, Clementina e o Papa foi muito espontâneo, estava muito alegre."
Nós tivemos a oportunidade de colocar várias perguntas, - continuou dom Ubiratan - vários questionamentos e também como é ele poderia e pode nos orientar. Foi um diálogo muito bonito, porque tanto nós colocávamos para o Papa as nossas perguntas, quanto também o Papa respondia com muita sabedoria, muita espontaneidade, os impasses do mundo de hoje, as esperanças, os desafios. Então foi uma conversa muito proveitosa.
O bispo de Itaguaí destacou que "além de tudo muito importante desta visita é que nós celebramos a nossa comunhão com o Papa e com a Igreja Universal, então a gente vive e reaviva esta chama da eclesialidade, da comunhão com o Sucessor de Pedro, com o Papa, por fim com toda a igreja com toda a Igreja Universal. Então é uma celebração, um momento de fé, é um momento prático, de conhecimento das pastorais, mas também um momento muito bonito. É um momento de encontro de uma fé, até de um reavivamento da nossa comunhão com a Igreja".
Algo especial daquilo que o Papa falou aos senhores?
Ele sempre falou muito sobre esperança na Igreja, apesar dos desafios, mas sempre quem dirige a Igreja é o Espírito Santo. Nós fazemos essa caminhada de procura, de busca, mas foram vários assuntos que o Papa colocou, mas de uma maneira especial, ele colocou para nós essa esperança, essa procura, e sobretudo essa preparação pelo Sínodo do próximo ano. A Igreja nesta atitude de escuta, de escutar as bases, escutar o povo, para que de fato o Sínodo que se aproxima possa ser um Sínodo frutuoso, com a contribuição de todos.
O senhor é frei capuchino. Neste dia 4 nós recordamos o pobrezinho de Assis. Que mensagem tem Francisco para os nossos dias?
É a mensagem de São Francisco. Ele é um homem atual porque que ele viveu a radicalidade do Evangelho, da Palavra de Deus. Ele é atual porque a Palavra de Deus não cai de moda. O Evangelho é sempre atual. E come ele viveu a radicalidade do Evangelho, ele é uma atual para os nossos dias. E quanto mais séculos, mais tempo vai passando a figura de São Francisco cresce dia a dia. É uma figura viva depois de oito séculos.
Depois de oito séculos a figura de São Francisco continua cada vez mais viva na Igreja pelo testemunho de vida que ele deu, pela vivência, - ele foi fiel ao Evangelho - ao mesmo tempo serviço, despojamento dele, para servir os menores, os pobres.
Além de tudo o amor que ele tinha pela Ecologia. 800 anos atrás São Francisco não usava a palavra Ecologia, é uma palavra moderna. Mas ele já vivia o cultivo da natureza, das flores. Ele catava a grandeza da luz, do sol, da água, do fogo, do vento, da Mãe terra, né? A Mãe terra, a água o que é útil preciosa e casta. Ele sempre olhava a natureza não como uma maneira de explorá-la, mas ele via a natureza como uma irmãs, que está a nosso serviço, e por isso nós homens e mulheres devemos cultivar e conservar a natureza esse grande dom de Deus.
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