±õ³Ùá±ô¾±²¹. Terceira Caravana da Paz na ±«³¦°ùâ²Ô¾±²¹: mensagem de paz e não-violência
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"Parto para a Ucrânia para testemunhar solidariedade, para chorar com os que choram, mas também para levar, além da saudação dos bispos italianos, uma mensagem de paz e não-violência, e para que se trabalhe pela negociação e pelo diálogo a fim cessar a guerra. Estou feliz em fazê-lo na véspera do 60º aniversário da Encíclica 'Pacem in Terris', que cai na próxima primavera; o Papa João XXIII a escreveu seis meses após a abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e naquele documento a mensagem sobre a guerra é muito clara: 'alienum est a ratione', ou seja, está fora da razão."
Assim se expressa o bispo de Altamura, na Puglia, sul da Itália, e presidente do Conselho Nacional da Associação Internacional "Pax Christi", dom Giovanni Ricchiuti, que está de partida para alcançar os lugares do conflito no coração da Europa junto com a terceira caravana da "StoptheWarNow", a grande coalizão italiana que, depois de ter visitado Lviv e Odessa meses atrás, está retornando à Ucrânia, em particular a Mykolaiv, uma cidade localizada na linha de frente do conflito.
O prelado se juntará ao comboio que já partiu na manhã desta segunda-feira, 29 de agosto, de várias partes da Itália de avião para Chisinau, capital da Moldávia, de onde seguirá de carro até a fronteira, onde se juntará à caravana de dez veículos, carregados de alimentos e remédios, em direção a Mykolaiv.
Ao lado dos ucranianos nos momentos mais difíceis
A escolha é "não deixar os ucranianos sozinhos e acompanhá-los por um trecho do caminho, mesmo nos momentos mais dramáticos de suas vidas, quando descem para os abrigos", explica Gianpiero Cofano, secretário geral da Comunidade Papa João XXIII, fundada pelo padre Oreste Benzi. Há três meses, alguns voluntários da associação vivem na cidade localizada na linha de frente, onde se ouvem bombas que caem a cada três ou quatro horas.
Dom Ricchiuti sabe como é difícil atravessar lugares "onde a guerra criou raízes e onde é difícil falar de paz. Mas devemos fazê-lo - observa ele - porque a mensagem do Evangelho é muito clara. Não há guerras justas, não há distinções que absolvam os conflitos".
"É claro que a situação é complexa e esta complexidade deve ser compreendida e respeitada. Mas já ouvi demasiadas vezes, na Itália, argumentos que absolvem a guerra. Isto também acontece no mundo católico onde eu gostaria de ver uma propensão, uma paixão pela mensagem evangélica de paz, que muitas vezes eu não vejo", observa ainda.
A Igreja católica sempre e em todo caso do lado da paz
O presidente de Pax Christi acrescenta: "Também tive a oportunidade de dizer a representantes do mundo político de que lado a Igreja está: sempre e em todo caso do lado da paz. O Papa Francisco nos lembrou que não só a guerra é uma loucura, mas também que fabricar e comercializar armas é um mal. Eu me pergunto quantos católicos censuram estas frases. São frases incômodas, assim como é sempre incômoda a posição daqueles que se opõem à guerra".
Entre as 176 organizações e associações da rede "StoptheWarNow", a presença católica é importante: há, entre muitas outras, a Focsiv, Fondazione Ponto missão, Associação São Vicente de Abbiategrasso e muitas outras.
As duas caravanas anteriores, sempre caracterizadas por uma mensagem de paz e um esforço de solidariedade concreta, se realizaram em abril em Lviv e em junho de 2022 em Odessa-Mykolaiv. Outra iniciativa de paz terá início em setembro e se dirigirá à capital ucraniana, Kiev.
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