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Igreja de S?o Francisco atacada no domingo de Pentecostes em Owo, ±·¾±²µ¨¦°ù¾±²¹. (Reuters/Temilade Adelaja) Igreja de S?o Francisco atacada no domingo de Pentecostes em Owo, ±·¾±²µ¨¦°ù¾±²¹. (Reuters/Temilade Adelaja) 

Viol¨ºncia na ±·¾±²µ¨¦°ù¾±²¹: levamos conosco os livros sagrados e n?o armas, dizem sacerdotes

Segundo a Associa??o dos Sacerdotes Cat¨®licos Diocesanos da ±·¾±²µ¨¦°ù¾±²¹, os padres se tornaram uma "esp¨¦cie em extin??o" no pa¨ªs. Mas a resposta ¨¤ ±¹¾±´Ç±ô¨º²Ô³¦¾±²¹ deve ser com a primeira arma de um homem de Deus: proclama??o da Palavra e celebra??o da Eucaristia. "Cristo nunca nos encorajou a pegar em armas contra ningu¨¦m ou tomar qualquer a??o de vingan?a. N?o pegamos em armas e n?o o faremos (...). N?o somos terroristas ou uma tropa de guerra".

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De acordo com dados compilados pela Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre (Aid to the Church in Need - ACN), pelo menos 18 sacerdotes foram sequestrados na Nigéria desde o início de 2022, cinco apenas na primeira semana de julho. Embora a maioria tenha sido libertada ilesa, três foram assassinados.

Diante desta situação, a Associação dos Sacerdotes Católicos Diocesanos da Nigéria (NDCPA, sigla em inglês) acaba de publicar um comunicado, enviado à ACN, onde denuncia que ¡°é realmente muito triste que, no decurso das suas habituais atividades pastorais, os sacerdotes tenham se tornado uma espécie em risco de extinção¡±.

De acordo com a Associação, ¡°foram feitas tentativas de pedir ajuda ao governo em vários níveis, mas como a Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria já observou, 'está claro para a nação que [o governo] falhou em [seu] dever primário de proteger a vida dos cidadãos nigerianos'¡±.

Carregamos conosco os livros sagrados e não armas

 

Os sacerdotes rejeitam explicitamente qualquer resposta que implique uso da força ou violência de sua parte. ¡°Não somos terroristas ou uma tropa de guerra¡±, escrevem. E também questionam o benefício da participação de sacerdotes nos protestos de rua, mas pedem por outro lado o que dizem que deveria ser a primeira arma de um homem de Deus:

O nosso caminho ministerial consiste na proclamação da Palavra de Deus e na celebração da Eucaristia como memorial de Cristo e da sua missão na terra. Isso implica que levamos conosco os livros sagrados e não as armas. Cristo nunca nos encorajou a pegar em armas contra ninguém ou tomar qualquer ação de vingança. Não pegamos em armas e não o faremos.

Semana de oração e jejum para frear a insegurança

 

O comunicado destaca o trabalho fundamental que os sacerdotes têm, apesar da falta de segurança que sofrem para exercer seu ministério: ¡°Nosso dever é colocar diante do altar de Deus a gratidão, o cuidado, as preocupações e os pedidos dos fiéis e nossos. Somos defensores da vida e da paz. Fomos chamados e enviados para pregar a Boa Nova aos pobres, libertar os cativos, libertar os oprimidos, curar os quebrantados de coração, curar feridas, etc. Estamos cumprindo esse chamado e continuaremos a fazê-lo.¡±

Por isso, os sacerdotes convidaram todos os irmãos no ministério a se unirem a uma semana extraordinária de oração e jejum, Adoração Eucarística e oração do Terço, que teve início na segunda-feira, 11 de julho.

De acordo com Associação dos Sacerdotes Católicos Diocesanos da Nigéria, isso não exclui nem substitui outros programas que as dioceses têm para conter o problema da insegurança na Nigéria, mas os intensifica.

"Pedimos humildemente a todos os padres que levem isso muito a sério, sem negligenciar outros regulamentos e recomendações relacionados em suas várias dioceses", disse o comunicado enviado à ACN.

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13 julho 2022, 08:55