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O tempo que Jesus e toda a Sagrada Família permaneceu na terra do Egito representa uma bênção perene para todos os egípcios. Foi o que afirmou o patriarca copta ortodoxo Tawadros II na quarta-feira, 1º de junho, no dia em que os cristãos egípcios comemoram a entrada no Egito da Sagrada Família, que fugiu da Palestina para salvar o Menino Jesus da violência de Herodes.

Nesse dia, celebrado no calendário litúrgico copta como uma festa menor, o Patriarca presidiu a Divina Liturgia na Igreja da Bem-Aventurada Virgem Maria em Sakha, na província de Kafr el Sheikh. E durante a sua visita àquela região do Delta do Nilo, deslocou-se também ao museu local anexo à igreja, que juntamente com uma série de manuscritos raros conserva ainda a pedra sobre a qual, segundo a tradição, estão impressas as pegadas de Jesus menino

Em sua pregação festiva, o Tawadros II, entre outras coisas, destacou que as palavras "Egito" e "egípcios" ocorrem na Bíblia mais de 700 vezes, e o tempo passado no Egito pela Sagrada Família reserva para o grande país do norte da África um lugar singular na história da Salvação鈥�.

鈥淒urante séculos - recordou o Patriarca copta-ortodoxo - os cristãos celebraram a vinda da Sagrada Família ao Egito com ritos e devoções acompanhados por cantos alegres. E agora também as instituições e autoridades políticas do país reconhecem a importância que a história da fuga da Sagrada Família para o Egito tem para a história e identidade nacional鈥�.

鈥淥 sinal deste reconhecimento civil - quis sublinhar Tawadros II - manifesta-se no empenho e nos recursos investidos pelas instituições políticas e estatais na promoção do chamado "Caminho da Sagrada Família" como um itinerário a ser proposto e aberto às peregrinações internacionais.

Nesse sentido, o Patriarca copta-ortodoxo anunciou que a partir de agora, sempre no dia 1º de junho de cada ano, será celebrada a festa da entrada da Sagrada Família no Egito em uma das tantas igrejas erguidas ao longo dos séculos nos lugares por onde passou a Sagrada Família, durante o tempo que permaneceu no Egito.

O chamado "Caminho da Sagrada Família" é o itinerário que une os lugares percorridos, segundo tradições milenares, por Maria, José e o Menino Jesus durante sua permanência na terra do Egito, quando a Sagrada Família foi obrigada a fugir de Belém para escapar dos desígnios malignos de Herodes.

O "Caminho" une 25 lugares muito caros à memória dos cristãos egípcios e percorre um itinerário de 3.500 quilômetros, que atravessa 11 províncias, desde o Delta do Nilo ao Alto Egito.

Em 4 de outubro de 2017, o Papa Francisco, no contexto da Audiência Geral das quartas-feiras, saudou uma grande delegação egípcia que chegou a Roma para promover peregrinações pelo "Caminho da Sagrada Família" em colaboração com L 'Opera Romana Pellegrinaggi, instituição do Vicariato de Roma, órgão da Santa Sé, subordinado diretamente ao Vigário do Papa, cardeal Angelo De Donatis.

*Com Agência Fides