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Só no primeiro mês de estudos, comissão recebeu mais de 200 testemunhos Só no primeiro mês de estudos, comissão recebeu mais de 200 testemunhos 

Portugal: coletiva de imprensa apresenta hoje dados sobre abusos a menores na Igreja

O balanço do trabalho realizado nos últimos três meses será divulgado nesta terça-feira (12), em Lisboa, pela Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica em Portugal. No primeiro mês de atividades, foram registrados 214 testemunhos.

Andressa Collet - Pope

A promove nesta terça-feira (12) uma coletiva de imprensa para apresentar o balanço do trabalho realizado nos últimos três meses. O encontro acontece na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. 


Em fevereiro deste ano, a comissão, liderada pelo psiquiatra Pedro Strecht,  já tinha compartilhado os primeiros dados de um mês de atividades ao registrar 214 testemunhos. Segundo um comunicado oficial na época, com o “elevado número de respostas” por inquérito on-line, foi definido alargar o âmbito da ação porque a divulgação dos estudos "pode não estar chegando a certas faixas da população, nomeadamente as que vivem em margens sociais, culturais e econômicas e infoexcluídas".

O organismo, então, adiantou que “estabeleceu contatos com estruturas e instituições que, por outras formas e métodos, chegam em maior proximidade dessas pessoas”, como as Comissões Diocesanas, Institutos Religiosos, Instituto de Apoio à Criança, Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, Associação Quebrar o Silêncio, Sistema de Proteção e Cuidado de Menores e Adultos Vulneráveis (Serviço de Escuta dos Jesuítas).

A criação da comissão

Foi uma decisão da Conferência Episcopal Portuguesa de novembro de 2021 a criar a Comissão Independente para realizar um estudo sobre casos de abusos sexuais praticados contra crianças e adolescentes - de 0 a 18 anos de idade - no seio da Igreja Católica Portuguesa. A estrutura é constituída por um núcleo central de cinco pessoas de diferentes áreas profissionais e uma observadora externa, mas o grupo pode ser ampliado futuramente com outros profissionais para melhor execução do trabalho.

Agência Ecclesia

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12 abril 2022, 10:09