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Ucraniano sobre escombros em Zhytomyr em 02 de março de 2022, após um bombardeio russo no dia anterior. (Foto de Emmanuel DUPARCQ / AFP) Ucraniano sobre escombros em Zhytomyr em 02 de março de 2022, após um bombardeio russo no dia anterior. (Foto de Emmanuel DUPARCQ / AFP) 

Durante a Quaresma, o convite a rezar pela paz em Mianmar e na ±«³¦°ùâ²Ô¾±²¹

O bispo de Pyay pediu aos católicos que rezem e jejuem durante a Quaresma pela paz em Mianmar e na ±«³¦°ùâ²Ô¾±²¹, dois países dilacerados por conflitos

Anna Poce - Cidade do Vaticano

"Exorto-vos a fazer orações especiais e jejuar durante a Quaresma para obter a paz." É o que disse em uma carta divulgada nestes dias pela UCA News o bispo de Pyay, Dom Pyone Cho, convidando os católicos a participarem da oração e do jejum, juntamente com o Papa Francisco, na Quarta-feira de Cinzas, pela paz na Ucrânia.

Enquanto os cristãos de todo o mundo rezam pelo fim do conflito no país do Leste Europeu, Mianmar continua a viver a guerra civil e as violentas atrocidades em áreas étnicas, incluindo os Estados predominantemente cristãos de Kayah, Chin e Karen, onde milhares de civis foram forçados fugir para as florestas ou refugiar-se em igrejas após o golpe militar de fevereiro passado.

Cardeal Bo: "Não nos cansemos de fazer o bem"

Mianmar, após mais de cinco décadas de regime militar, estava no caminho da democracia, mas as liberdades políticas, econômicas e sociais que começaram a florescer em 2011 foram abruptamente reprimidas pelo golpe de 2021.

O subsequente reinado de terror contra os civis e manifestantes pró-democracia provocaram mais de 1.500 mortes, incluindo muitas crianças, e mais de 12.000 pessoas detidas.

O cardeal Charles Bo, em sua homilia proferida na Missa da Quarta-feira de Cinzas, na Catedral de Santa Maria de Yangon, exortou os católicos a não desanimar e a não perder a esperança, apesar dos muitos desafios a serem enfrentados. "Como disse São Paulo – recordou ele - somos criação de Deus e pertencemos a Ele, por isso não nos cansemos de fazer o bem".

Ao contrário de muitos líderes mundiais, a junta militar de Mianmar "justificou" a invasão da Rússia, um de seus principais aliados. De fato, apoiou o golpe e conduziu negócios com a junta militar desde que o governo civil eleito de Aung San Suu Kyi foi derrubado.

O governo paralelo de unidade nacional (GUN), nascido em oposição às autoridades militares de Mianmar, e ativistas anti-golpe denunciaram a invasão russa do território ucraniano, que começou em 24 de fevereiro passado.

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03 março 2022, 10:53