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Crianças católicas em celebração de Domingo de Ramos de 2019, em Damasco Crianças católicas em celebração de Domingo de Ramos de 2019, em Damasco 

Evento das Igrejas Orientais analisa futuro das comunidades cristãs na í

Começa nesta terça-feira (15), em Damasco, a conferência internacional “Igreja, Casa da Caridade” organizada pela Congregação para as Igrejas Orientais. Durante três dias, o mundo católico da í junto a representantes da Santa Sé irão analisar o futuro das comunidades cristãs no país "amado e atormentado", como o Papa Francisco muitas vezes o descreveu.

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A conferência internacional de três dias intitulada: "Igreja, Casa da Caridade - Sinodalidade e Coordenação" começa nesta terça-feira (15) e está sendo organizada pela Congregação para as Igrejas Orientais para um grupo de cerca de 250 pessoas: na sua maioria são sírios, mas com representantes de Conferências Episcopais da Europa, das agências da Roaco (a Reunião de Obras de Ajuda às Igrejas Orientais), do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, da Secretaria de Estado da Santa Sé e Nunciatura Apostólica na Síria.

Uma oportunidade de escuta comum

A ocasião será uma oportunidade de escuta, partilha e pensamento no futuro das comunidades cristãs do país "amado e atormentado", como o Papa Francisco o descreveu muitas vezes. A expectativa é de se viver uma dimensão particular de sinodalidade proposta pelo próprio Pontífice à Igreja Universal, ao envolver fiéis, sacerdotes e bispos da Síria, bem como todas as pessoas que em várias esferas e instituições têm demonstrado uma atenção constante à vida dos seus irmãos durante estes anos de conflito.

Nas últimas semanas, chegou a ser considerada a possibilidade de transferir a conferência devido à situação na Ucrânia, mas foi decidido mantê-la de modo a não dispersar o intenso trabalho de preparação que envolveu muitas pessoas na Síria, um país esgotado por anos de conflito e pelas consequências desastrosas para a sociedade civil e para as próprias comunidades cristãs. Uma forte oração vai animar os dias de conferência em pensamento ao que está acontecendo na Ucrânia, na esperança de que a paz seja logo alcançada, como fortemente invocada pelo Papa.

O programa

Os trabalhos começam nesta terça-feira, 15 de março e aniversário do início do conflito na Síria, com celebração de missa em rito latino e as saudações do patriarca de Antioquia dos greco-melquitas Youssef Absi, do sírio-católico Inácio Youssef III, do caldeu Louis Raphaël I Sako e do cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais. A jornada ainda vai contar com uma palestra sobre a visão da Doutrina Social da Igreja extraída da Encíclica ‘Deus caritas est’ para seguir com um panorama o trabalho humanitário realizado pela Igreja Católica na Síria.

Na quarta-feira (16), está prevista a participação das agências católicas e não católicas, tais como a ONU e a Caritas local e internacional. No último dia de trabalhos, na quinta-feira (17), a jornada ficará a cargo da Congregação para as Igrejas Orientais junto às agências da Roaco sobre os critérios para a elaboração de projetos humanitários, ao coordenar propostas concretas sobre o tema da educação, saúde, assistência alimentar, projetos de reabilitação, juventude, idosos e deficientes, bem como a identificação de caminhos para a formação permanente do clero e leigos, pastoral social e transparência administrativa. Na conclusão da conferência internacional, uma celebração presidida pelo patriarca Youssef Absi na Catedral Greco-melquita de Damasco com homilia do cardeal Leonardo Sandri.

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15 março 2022, 09:01