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Uma garota corre em direção a um ônibus do aeroporto enquanto pessoas desembarcam de um avião de transporte militar da Força Aérea Real que transportava pessoas evacuadas do ڱ𲵲Ծã e chegavam ao Aeroporto Internacional Al-Maktoum, em 19 de agosto de 2021 Uma garota corre em direção a um ônibus do aeroporto enquanto pessoas desembarcam de um avião de transporte militar da Força Aérea Real que transportava pessoas evacuadas do ڱ𲵲Ծã e chegavam ao Aeroporto Internacional Al-Maktoum, em 19 de agosto de 2021 

Para Igreja em Bangladesh, abertura do governo ao Talibã reforça grupos terroristas no país

Nas últimas três décadas, os movimentos islâmicos têm ganhado força em Bangladesh. Eles defendem a introdução da Sharia, de uma lei que puna a blasfêmia e aspiram a implementação de um Estado islâmico. O país tornou-se um terreno fértil para a propaganda da Al-Qaeda e do Isis. Na mira dos fundamentalistas, os ativistas dos Direitos Humanos, bloggers, intelectuais e muçulmanos liberais, mas também colaboradores e missionários.

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Depois da China e Rússia, também o governo de Bangladesh mostra abertura ao regime dos Talibãs. Nos últimos dias, o ministro do Exterior bengalês, Abdul Momen, declarou que o Executivo está pronto para reconhecer o novo regime de Cabul, caso for apoiado pela população afegã.

Essa tomada de posição preocupa a Igreja em Bangladesh, também pelas repercussões que tal abertura poderiam suscitar no país. O temor, de fato, é que isso possa fortalecer os movimentos radicais islâmicos ligados à rede Al Qaeda e ao autoproclamado Estado Islâmico (Isis), responsáveis ​​nesses anos por diversos assassinatos e ataques contra missionários, líderes religiosos e cooperadores bengaleses.

A este respeito, o secretário da Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Bangladesh, padre Liton Gomes, afirmou à Agência UCA News que “nosso país lutou muito contra o extremismo religioso militante, importado pelos mujahidin e pelos Talibãs afegãos. Agora, a vitória dos Talibãs e o apoio dado pelo nosso governo ao novo regime correm o risco de dar um forte impulso aos militantes islâmicos em Bangladesh".

Preocupações estas compartilhadas pelo secretário da Comissão Episcopal para a Unidade dos Cristãos e o Diálogo Inter-religioso, padre Patrick Gomes, que alerta para o reconhecimento do novo governo talibã. “Ninguém, não apenas os católicos, deveria apoiar um governo extremista, que não é um bem para nenhuma sociedade e para nenhum país. Milhares de afegãos estão tentando fugir do Afeganistão por medo dos Talibãs”, recordou o sacerdote.

Bangladesh, terceiro país de maioria muçulmana no mundo, depois da Indonésia e Paquistão, goza de uma longa tradição de moderação e tolerância, apesar de o Islã ser a religião oficial do país.

Todavia, nas últimas três décadas, os movimentos islâmicos têm se fortalecido. Eles defendem a introdução da Sharia, de uma lei que puna a blasfêmia e aspiram a implementação de um Estado islâmico.

Nesse contexto, Bangladesh tornou-se um terreno fértil para a propaganda da Al-Qaeda e do Isis, aos quais muitas organizações terroristas locais são afiliadas, como Ansar al Islam Bangladesh, Ansarullah Bangla Team, il Jund al Taweedwal Khalifah e il Jamat ul Mujaheddin Bangladesh.

Na mira dos fundamentalistas estão os ativistas dos Direitos Humanos, bloggers, intelectuais e muçulmanos liberais, mas também colaboradores e missionários.

Desde 2013, estes grupos armados assassinaram cerca de 50 pessoas. Entre os ataques mais sangrentos destaca-se o perpetrado em 1° de julho de 2016 pelo grupo extremista New Jamaatul Mujahideen Bangladesh (Neo-Jmb) contra o Holey Artisan Bakery Cafè, em Daca, causando 22 vítimas. Em dezembro do mesmo ano, as forças antiterrorismo bengalesas evitaram um ataque contra uma igreja católica na capital. A mesma organização havia planejado também um ataque no Dia de Natal.

Pope Service - LZ

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20 agosto 2021, 11:52