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Os bispos franceses exortam os católicos e todas as pessoas de boa vontade a rezar pelo Afeganistão neste momento dramático e saúdam o compromisso do presidente Emmanuel Macron em garantir acolhida aos afegãos que ajudaram a França e as suas forças armadas nestes vinte anos.

“A conquista do Afeganistão pelo Talibã é mais uma tragédia na história daquele país e um evento político com reflexos na paz mundial”, afirma a nota assinada por Dom Éric de Moulins-Beaufort, presidente da Conferência Episcopal Francesa (CEF), que faz o convite para rezar por aqueles "que serão mais ameaçados por este novo poder e pela ideologia que a caracteriza".

A referência é em particular às mulheres, àqueles que “até agora levantaram a bandeira da liberdade, da dignidade humana e dos direitos humanos” e aos cristãos no país. “Rezemos para que o Afeganistão possa ser construído no respeito pelas pessoas, homens, mulheres e crianças e por seus direitos, em particular o da liberdade religiosa”, continua o comunicado.

O pensamento dos bispos franceses também se dirige às famílias dos soldados do país que "deram a vida em solo afegão para proteger o nosso país do terrorismo, mas também para servir a paz e o povo afegão".

Por fim, o convite a não esquecer nas orações das outras tragédias humanitárias que estão ocorrendo neste momento pelo mundo, como na Etiópia, dilacerada pela guerra de Tigray, no Líbano, assolado por uma grave crise econômica, social e política e o Haiti, atingido pelo recente terramoto que pôs de joelhos um país já em sérias dificuldades e que "precisa da ajuda de todos".

Reino Unido: chamado à esperança

“Jesus nunca abandonará o povo afegão”. Disto está convencido Dom Declan Lang, presidente do Departamento de Assuntos Internacionais da Conferência Episcopal da Inglaterra e País de Gales (CBCEW), em meio às notícias e imagens dramáticas sobre a fuga em massa de Cabul após a tomada do poder pelo Talibã em 15 de agosto.

Diante de tanto desespero que abalou a opinião pública mundial, o bispo de Clifton exortou os católicos britânicos a rezar intensamente e a confiar na esperança cristã, na consciência de que a guerra e a injustiça não são a última palavra.

“Como cristãos - disse ele - somos chamados a ser pessoas de esperança, mesmo quando a situação pode parecer desesperadora. Hoje - continuou - nossa esperança pode ser depositada naqueles que trabalham incansavelmente pelo diálogo, pela justiça e pela paz em seu país”.

Dom Lang recordou em particular as organizações humanitárias “que continuam a oferecer sua ajuda e realizar esforços para acolher e proteger os refugiados que fogem de seu país.” “Acima de tudo, coloquemos a nossa esperança no Senhor Jesus Cristo, a quem rezamos na consciência de que nunca abandonará o povo afegão”, concluiu o prelado.

Vaticano News Service - LZ