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Um decálogo para que o Congresso Virtual continental da vida religiosa, organizado pela Confederação Latino-americana de Religiosos e realizado na Colômbia de 13 a 15 de agosto, continue na vida cotidiana de cada um, para que em cada pessoa consagrada se renove o desejo de oferecer a própria vida e de ser pão partido.

Trata-se de um "Decálogo de opções" que os religiosos se deram para continuar a tecer uma Igreja sinodal, intercongregacional, intercultural e itinerante. O convite é antes de tudo a "optar pela presença, lugar da graça", a sair dos próprios hábitos, ir ao encontro do outro, dar acolhida e hospitalidade.

“Escolha ouvir”, lê-se no terceiro ponto do Decálogo, que define a escuta como uma atitude vital, porque permite colocar-se no lugar do outro, compreendê-lo e também “optar pela palavra", pela narração, pelo diálogo, mas também pela Palavra da Boa Nova, que deve curar, libertar, elevar.

Outra opção sugerida é a do discernimento, para que “se preste atenção ao ritmo e aos movimentos do Espírito”, para buscar a vontade de Deus, entre os pobres, ao longo das estradas dos migrantes e do tráfico e onde não são reconhecidos os direitos das mulheres e crianças.

Não às iniciativas isoladas, especifica o ponto 6, que antes convida os religiosos a gerar processos, ações contínuas, inter-relacionadas e interdisciplinares, “partindo da realidade, abraçando a vida e valorizando as pessoas”.

A opção 7 é para a comunidade, que deve pressionar para "gerar laços de hospitalidade e ternura". “No construir o tecido eclesial de que o mundo necessita, a nossa missão como consagrados - especifica o Decálogo - será a escuta ativa, construindo redes interinstitucionais e intercongregacionais, gerando comunidades e pactos sociais realistas, contextualizados e inclusivos, nos quais respeitar os diferenças, aceitar a diversidade de culturas, visões de mundo e estilos de vida”.  Para a Confederação Latino-americana de Religiosos, trata-se de fazer comunhão, de purificar as relações e de dar voz a todos.

E ainda a opção 8 é a da misericórdia: a vida religiosa deve abandonar os "odres velhos", deixar-se interpelar pela realidade, o que pode significar reorganizar as estruturas e os projetos comunitários.

Por fim, as pessoas consagradas são chamadas a optar pela interioridade e conformar-se a Cristo e a cuidar da Casa Comum, lugar da manifestação de Deus.

Pope Service - TC