Cinzas do padre Stan Swamy serão levadas para Ranchi e Jamshedpur
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O corpo do sacerdote indiano Stan Swamy, falecido aos 84 anos, foi cremado. Internado no Hospital Sagrada Família de Mumbai após contrair Covid-19 na prisão, o jesuíta teve uma parada cardíaca no dia 4 de julho, vindo a falecer no dia seguinte.
As exéquias foram celebradas na terça-feira, 6, na Igreja de São Pedro em Bandra, periferia de Mumbai, sendo presididas pelo Provincial jesuíta de Mumbai, padre Arun De Souza e pelo pároco local, padre Frazer Mascarenhas.
No final do rito, às 18h30, o corpo do sacerdote foi cremado no Crematório estadual. Suas cinzas serão levadas em parte para a cidade de Ranchi, no leste da Índia - onde serviu de 1997 até o dia de sua prisão, em outubro passado - e em parte serão confiadas à Província dos jesuítas de Jamshedpur, cidade na qual o saudoso sacerdote exerceu os primeiros anos do seu ministério como assistente social.
A decisão de cremar seus restos mortais - explicou padre Joseph Xavier, seu confrade e diretor do Indian Social Institute, de Bengaluru - foi tomada depois que o Tribunal de Mumbai solicitou que as regras de saúde estabelecidas para os detentos de Covid fossem seguidas.
No decorrer dos longos meses passados atrás das grades, o padre Stanislaus Lourduswamy - este é o seu nome completo - sempre reiterou serem totalmente infundadas as acusações da Agência Antiterrorista da Índia (Nia) que o considerou culpado de terrorismo e cumplicidade com os rebeldes maoístas, especialmente pelas violências em 2018 que explodiram em Bhima-Koregaon, no Estado de Maharashtra.
Desde sua prisão até sua morte, muitas vozes se levantaram pela sua libertação, incluindo a Conferência Episcopal Indiana e a Federação das Conferências Episcopais da Ásia, que associaram a história do padre Swamy à de Mahatma Gandhi.
O mundo das redes sociais também se mobilizou e aderiu à campanha lançada pela Companhia de Jesus, com as hashtags #StandwithStan e #FreeStanSwamy.
Pope Service - IP
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