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"Sem um governo s¨®lido e reconhecido internacionalmente n?o se vai a lugar nenhum", disse o Patriarca maronita "Sem um governo s¨®lido e reconhecido internacionalmente n?o se vai a lugar nenhum", disse o Patriarca maronita 

Patriarca Ra? confia o ³¢¨ª²ú²¹²Ô´Ç a S?o Charbel: ele n?o deixar¨¢ o pa¨ªs entrar em colapso

O pa¨ªs n?o est¨¢ enfrentando uma crise normal de governo, mas uma crise nacional que, para ser enfrentada e superada, exige um esfor?o de todos, al¨¦m do apoio de "pa¨ªses amigos", disse o cardeal. ¡°Acreditamos que S?o Charbel n?o deixar¨¢ o ³¢¨ª²ú²¹²Ô´Ç entrar em colapso. A ele confiamos a nossa p¨¢tria e o nosso povo¡±.

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O povo libanês, faminto e curvado pela crise, parece um rebanho sem pastor. E no estado de prostração em que se encontra, também pela manifesta inadequação dos seus dirigentes políticos, pode sempre contar com a intercessão de S. Charbel, na certeza de que "não deixará o Líbano entrar em colapso".

O Patriarca de Antioquia dos Maronitas, cardeal Béchara Boutros Raï, chamou em causa também o Santo das 'causas impossíveis' venerado na País dos Cedros, confiando à sua intercessão o destino do Líbano que passa por um momento extremamente difícil em que as emergências políticas, sociais e econômicas se multiplicam e se entrelaçam como diferentes sintomas de uma crise radical de identidade.

O Patriarca, na homilia da Missa celebrada no domingo, 18, em Diman, fez referências amplas e diretas à fase política contingente, que se abriu no Líbano depois que o designado premier Saad Hariri renunciou à tarefa de formar um governo. A primeira urgência a ser tratada sem demora - sublinhou o cardeal - é encontrar um representante político sunita a quem confiar a formação de um novo governo, após a perda de Hariri (o sistema institucional libanês prevê que o cargo de primeiro-ministro seja exercido por um muçulmano sunita).

 

O país - insistiu o Patriarca - não está enfrentando uma crise normal de governo, mas uma crise nacional que, para ser enfrentada e superada, exige um esforço de todos, além do apoio de "países amigos". Somente seguindo este caminho será possível recompor o quadro de uma "convivência entre diferentes" que constitui o traço distintivo da identidade libanesa e, ao mesmo tempo, pode representar também o contributo mais precioso que o País dos Cedros pode oferecer aos povos do Oriente Médio, região onde as fortes identidades culturais e religiosas sempre correm o risco de ser sugadas e instrumentalizadas em conflitos sectários.

Sem um governo sólido e reconhecido internacionalmente ¨C frisou o Patriarca - não se vai a lugar nenhum. Sem governo, não há barreira para a disseminação da corrupção e da arbitrariedade dos clãs do poder. Sem governo, imunidade, conivência e encobrimentos continuarão a prevalecer e continuarão a sabotar as investigações sobre as responsabilidades das explosões que devastaram o porto de Beirute em 4 de agosto de 2020. Sem um governo, será removida também a necessidade urgente de submeter a um controle e revisão o trabalho do Banco Central do Líbano e de criar sistemas adequados para combater o desperdício e o saque sistemático de recursos públicos.

Precisamente a imobilidade das forças políticas e a paralisia institucional libanesa - continuou o cardeal Raï - confirmam a cada dia, mais e mais, que só se pode tentar sair da crise convocando uma conferência internacional dedicada ao Líbano sob a égide da ONU, que forneça de alguma forma uma espécie de ancoragem internacional também à "neutralidade" libanesa.

A classe política local prova a cada dia sua incapacidade de assumir suas responsabilidades frente à crise. ¡°Este grupo de políticos - sublinhou o Patriarca - não consegue resolver questões simples do quotidiano como coleta de resíduos, eletricidade, alimentos, medicamentos e incineradores. Eles são incapazes de combater a corrupção, facilitar o trabalho do judiciário, regulamentar a prática de ministérios e administrações, fechar as rotas do contrabando¡±.

Em meio a tudo isso, os cristãos libaneses no domingo, 18 de julho, homenagearam o Santo milagroso Charbel Makhluf (1828-1898), monge da Ordem maronita libanesa, cujos restos mortais são venerados no Líbano no Mosteiro de São Marun em Annaya, mantido em uma urna de cedro. ¡°Acreditamos que São Charbel não deixará o Líbano entrar em colapso. A ele confiamos a nossa pátria e o nosso povo¡±, disse o Patriarca maronita, concluindo a homilia.

Inúmeras curas físicas e espirituais de cristãos e muçulmanos estão ligadas à intercessão de São Charbel, no Líbano e em todo o mundo. O fenômeno prodigioso começou a ocorrer post mortem entre aqueles que rezavam junto ao túmulo do monge.

*Agência Fides

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19 julho 2021, 15:02