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Alemanha: Ordem de Malta mobiliza 900 voluntários em apoio às populações atingidas por enchentes

A organização católica de assistência médica e social tem procurado ajudar quem não têm direito ao reembolso de seguros ou subsídios governamentais, além de fornecer alimentos e contribuir na reconstrução de onde é possível. "Não vimos destruição nesta escala desde o período da II Guerra Mundial. A situação operacional é dramática e muda constantemente”, alertou o presidente do serviço de socorro voluntário na Alemanha, Georg Khevenhüller.
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Andressa Collet - Pope

A Alemanha está em choque por registrar o maior desastre natural na história recente do país. As enchentes da última semana, que também atingiram a Bélgica e a Holanda, já vitimaram 165 pessoas. Na região de território alemão mais afetada, a de Renânia-Palatinado, o número de mortos subiu para 117 e há 749 feridos, segundo a agência de notícias AFP.

A proximidade do Papa

No domingo (18), o Papa Francisco mostrou proximidade aos afetados pelas catástrofes e inundações, pedindo a intercessão de Deus para acolher os falecidos e confortar os familiares. A chanceler Angela Merkel, que no mesmo dia visitou uma das localidades atingidas, chegou a descrever o cenário como “surreal” e afirmou que o próprio idioma alemão tem dificuldade “em encontrar as palavras para descrever a devastação provocada”. Ainda no domingo (18), a Igreja Memorial do Imperador Guilherme, em Berlim, quase totalmente destruída na II Guerra Mundial, tocou o seu maior sino em homenagem às vítimas do desastre climático na Europa. Ele só é tocado em ocasiões especiais.

Enquanto a Alemanha vai gradativamente revelando a extensão das perdas materiais e humanas provocadas pelas enchentes no oeste do país, redes de apoio tem procurado ajudar as comunidades atingidas para tentar amenizar o quadro desolador. O próprio governo deve conceder ajuda emergencial de pelo menos 300 milhões de euros (quase 350 milhões de dólares) a partir desta quarta-feira (21), antes de elaborar um programa de reconstrução para os locais atingidos.

Ordem de Malta mobiliza 900 voluntários

A Ordem de Malta, por exemplo, já se mobilizou com 900 voluntários que estão ajudando as populações, fornecendo alimentos e assistência e contribuindo na reconstrução onde é possível. Em nota, o presidente do serviço de socorro voluntário da Ordem de Malta na Alemanha, Georg Khevenhüller, declarou:

“Não vimos destruição nesta escala em alguns lugares desde o período da II Guerra Mundial. A situação operacional é dramática e muda constantemente.”

A ação dos voluntários começou logo no início do desastre, “apoiando os bombeiros, a defesa civil, a ajuda de emergência e os serviços policiais, fornecendo alimentos, suprimentos e locais de descanso", disse o presidente. Os capelães e voluntários treinados “também estão disponíveis para oferecer apoio psicossocial aos serviços de emergência - muitos dos quais estão vendo um desastre desta magnitude pela primeira vez", acrescentou Georg.

Ao relatar um balanço da situação, o presidente da Malteser International Europa (a organização de ajuda internacional da Ordem de Malta), Douglas Saurma, comentou que “em algumas áreas, ainda estamos resgatando e dando tratamento às pessoas. Em outras, as operações pós-desastre já estão em andamento e estamos prestando assistência". E acrescentou:

“Queremos sobretudo apoiar as pessoas que necessitam de assistência e que não têm direito ao reembolso de seguros ou subsídios governamentais. Seremos muito gratos por quaisquer outras doações que pudermos disponibilizar para as pessoas afetadas.”

A Ordem de Malta na Alemanha é uma organização católica de assistência médica e social, sob a égide da Associação Alemã da Ordem Soberana de Malta. Na Alemanha, cerca de 52 mil voluntários e 33.300 funcionários em tempo integral da Ordem de Malta trabalham pelas pessoas em dificuldade, independentemente da religião, origem ou convicção política.

Colaboração: Agência de Notícas SIR

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20 julho 2021, 11:10