Bispos maronitas: subsistência alimentar em risco para metade da população libanesa
Pope
A subsistência alimentar da metade da população libanesa está em risco, enquanto continua o êxodo de jovens que deixam o País dos Cedros para buscar uma vida menos incerta em outro lugar, ao mesmo tempo o sistema político-institucional parece paralisado diante das urgências sociais e econômicas que estão estrangulando a nação.
O cenário delineado pelo patriarca de Antioquia dos Maronitas, no Líbano, cardeal Béchara Boutros Raï, em seu pronunciamento de abertura do Sínodo anual da Igreja maronita, na segunda-feira, 14 de junho, é cada vez mais inquietante.
Assembleia eclesial prosseguirá até sábado, 19 de junho
A Assembleia eclesial, realizada na sede patriarcal maronita de Bkerké, se prolongará até sábado, 19 de junho, e foi precedida de alguns dias de retiro espiritual, durante os quais os participantes do Sínodo refletiram e rezaram juntos a partir de meditações feitas pelo reitor do Santuário de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa, padre Fadi Tabet.
Em seu discurso, o patriarca maronita Raï reiterou suas habituais observações críticas dirigidas à classe política, referindo-se à "negligência" de sujeitos políticos que travam o poder executivo e as funções vitais do aparato estatal.
40 bispos participam do Sínodo anual da Igreja maronita
O patriarca lembrou, entre outras coisas, que a lira libanesa perdeu 90% de seu valor, os alimentos e equipamentos médicos "são monopolizados pelos importadores" e que até o leite para crianças mais pequeninas "desapareceu das farmácias", enquanto agora o salário dos funcionários públicos "não ultrapassa mais, em valor, 30 dólares".
Cerca de quarenta bispos do Líbano, dos países do Oriente Médio e das comunidades da diáspora estão participando do Sínodo anual da Igreja maronita, em andamento em Bkerké.
Encontro convocado pelo Papa para 1º de julho no Vaticano
Na agenda dos trabalhos do Sínodo estão questões de natureza eclesial relativas à liturgia, ao funcionamento dos seminários e à formação dos sacerdotes.
Durante os dias transcorridos juntos, os participantes do Sínodo da Igreja maronita também poderão se questionar e discutir em relação ao encontro convocado em Roma para 1º de julho pelo Papa Francisco a fim de refletir junto com os principais responsáveis das comunidades cristãs libanesas sobre a situação preocupante do país.
(Fides)
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